Ensaio sobre a vida

Araeliz: Boa noite!

Fê: Buenas!!!

Araeliz: Tudo bem, mocinha?

Fê: Sim, mocinho. E você?

Continua com a folha na orelha?

Araeliz: Ó, não.

Quem me dera.

A folha na orelha é um status elevado.

Caía demais.

Preciso merecer minha folha novamente.

E você continua sem uma folha na orelha?

Fê: Continuo.

Na verdade, ela representaria para mim quase que um filho; não conseguiria desgrudar dela depois de tê-la. Por agora, portanto, pretendo não adotá-la.

Araeliz: Ó, sim.

É uma boa ideia.

Tomar cuidado e nos precaver de paixões avassaladoras antes de estarmos prontos para as mesmas.

Correr, fugir, nem sempre é covarde,

dependendo das circunstâncias.

Fê: Nem sempre.

Araeliz: É a maior prova e bravura.

Fê: É apenas o fato de esperar para ver o que vai acontecer.

Talvez seja o medo clichê do desconhecido, mas é viável, já que não somos máquinas.

Araeliz: Descobri que tenho mais medo do conhecido, na verdade.

E não ser uma máquina é uma opção.

Fê: É.

Ser uma maquina é uma opção bem mais fácil e vantajosa do que não sê-la.

Porque se és uma máquina, é só te desligares; se não a és, ainda te darás ao trabalho de sê-la.

Difícil.

Araeliz: Difícil é fazer mousse de chocolate sem chocolate.

Para o resto, damos um jeito.

Fernanda com F e Araeliz
Enviado por Fernanda com F em 17/10/2011
Código do texto: T3281712
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