MYSTERIUM TREMENDUM ET FASCINANS. – 1ª Parte
É imensa a complexidade do assunto que aqui tentaremos abordar; falar de Deus é como entrar num labirinto sem saída, visto que, muitos estudiosos o tratam como se fosse um mito, outros estudiosos do assunto, os teólogos, o tratam como um Ente pessoal, absoluto, infinito e transcendente, entretanto ainda há os que O tratam como um Ente Impessoal.
Como um cego nós tateamos quando estamos lidando com um evento imperceptível ou com um ser que é considerado Inefável.
Por isso até hoje Ele ainda não foi satisfatoriamente definido, e assim estamos sempre na incansável busca de uma luz que possa resplandecer em nossa razão, muitas das vezes precipitada em DEFINÍ-LO.
Pretendo entrar nesta matéria não como um mitólogo ou um teólogo, mas como um cristão garimpeiro e autodidata, que procura a sua pedra filosofal ou a essência da gnose sobre Deus sem querer tender a uma ou a outra definição.
Entrar neste assunto é o mesmo que adentrarmos numa floresta densa, cheia de penumbras e sem um caminho ou traçado prévio para prosseguirmos nessa viagem.
Ocasião em que encontraremos os cipós entrelaçados, (dogmas) que teremos de cortá-los pela raiz para podermos prosseguir a caminhada sem sentimento de culpa.
Verdade é que também encontraremos outros embaraços menos resistentes, (crenças) que prontamente os afastaremos sem grandes dificuldades.
Depois dessa limpeza em nosso trajeto sinuoso e cheio de questionamentos, enfim, encontraremos uma alvissareira clareira como se fosse o útero da mãe natureza, e nela nos comprazemos protegidos pela inefabilidade do ambiente num deslumbramento indizível.
Isso é fascinante.
Partindo do pressuposto que de Deus não temos conhecimento real, mas sim uma escolha conforme as nossas necessidades subjetivas; temos de nos conformar com a nossa incapacidade intelectual, pois se trata de matéria que foge dos nossos conceitos que são sempre relativos.
Deus é inconcepto.
Como os conceitos sobre Deus são relativos, tendemos também a relativizar o inconcepto, destarte, não havendo em nossa linguagem uma nomenclatura que possa definir com clareza, o Indefinível, porque Ele é um mistério tremendo e fascinante.
Dizem alguns sábios orientais que cada um tem o seu Deus necessário, aqui fica claro o que preceitua o Professor Humberto Rohden quando afirma que: “o recebido é recebido conforme o recipiente”.
Não existe uma definição apropriada para identificarmos Deus, Ele se manifesta em cada um de nós por meio daquilo que nos foi introjetado pela educação religiosa que tivemos naturalmente na infância.
Fica claro que como fomos educados religiosamente no seio de uma religião cristã ocidental, temos um Deus transcendente, fora do mundo, habitando um lugar geográfico ou uma dimensão no universo astronômico.
Essa concepção de Deus nos acarreta uma série de problemas, pois em se tratando de um Ser fora do mundo, esse mesmo Ser se transforma em absoluto, e eu não posso me comunicar com Ele e nem Ele comigo.
Nesta estrutura de pensamento sobre Deus, nos vem à idéia de estarmos tratando de um fato real, concreto e transcendente, isto quer inferir que existe um Deus fora de mim e do mundo, residindo em um lugar qualquer no universo astronômico.
É a metáfora explicada com denotação e não com a conotação.
Ser transcendente é estar “além de” ou “acima de”, portanto não há uma definição pronta em nosso intelecto, e assim, não temos um termo que possa definir o Indefinível.
O que existe em nossa consciência ou em nosso inconsciente é um arquétipo de Deus, (Imago Dei) o qual transportamos para todo o sempre em nossas vidas, sem nunca o entendermos, entretanto, Nele nos comprazemos. (Carl Gustav Jung)
Não se deve utilizar o verbo “existir” quando estivermos nos referindo ao Senhor Deus.
Pois para existir qualquer coisa é necessário que seja primeiro criado, e como Deus é incriado, portanto não teve um princípio e não terá um fim, apenas podemos dizer que Ele é, e não que Ele existe.
Assim está colocado nos Livros Sagrados como IAVE, que na língua hebraica quer dizer: Aquele que é ou o seu tetragrama YHWH, que quer dizer a mesma coisa ou ainda JAVÉ que é o mais conhecido no ocidente.
Entretanto, existir propriamente, não existe.
Pois para que Ele existisse seria necessário um outro Deus que o criasse.
Muitos estudiosos afirmam que Deus é uma substância imaterial como a alma, mas em seu mais alto grau de perfeição, isto quer dizer uma pura essência desse Ser, ou melhor, a quintessência dessa substância imaterial.
Thomaz de Aquino, um teólogo do século XII conhecido como o “boi mudo” na sua Suma Teológica define Deus como quase um fato real, concreto, inclusive o nomeia possuidor de qualidades.
Quer nos parecer que Deus não necessita que o qualifiquemos, pois do absoluto nada sabemos, apenas sabemos o que Ele não é.
Thomaz, conhecedor profundo da filosofia Aristotélica vê com a acuidade que lhe era inerente, a possibilidade de entronizar Aristóteles na religião católica.
Fato esse que, o fez, sem considerar todo o conhecimento que tinha das religiões orientais.
Por certo, essas religiões muitos subsídios teriam fornecido para ajudá-lo a desvendar os mistérios de Deus.
No entanto, ele preferiu a doutrina aristotélica que era a mais palatável, ao gosto ocidental e medieval da época.
Assim, perdura até aos nossos dias a idéia do monoteísmo transcendental dualista, fazendo de Aristóteles o padrasto e fiador da Religião Católica Apostólica e Romana.
Agora volvemos um olhar para o passado, mais ou menos há um mil e setecentos anos, (Século de Agostinho)
Lá nos defrontaremos com Santo Agostinho, um outro teólogo da Igreja que até aos trinta anos de idade, quando se converteu ao catolicismo era um neoplatônico e um maniqueísta convicto.
Evidentemente, ele era uma mistura de monoteísta dualista e de monista imanentista, contudo, preferiu o dualismo para inserir na religião recém aceita os conceitos Aristotélicos, pois Agostinho transitava em dúvidas.
Pensava como um Platônico, mas agia (escrevendo) como um Aristotélico.
Como ser individual e em virtude de sua formação que era naturalmente Neoplatônica, tergiversava e quando escrevia a sua doutrina se transformava em Aristotélico.
Entretanto, nesta filosofia ele apenas tergiversava pelas redondezas, quero dizer, comia pelas beiradas, ele sofria com essa atitude, pois estava traindo ao seu padrinho e filósofo. (Platão)
Mesmo tendo um profundo conhecimento e uma aparente percepção da filosofia platônica, filosofia essa que afirmava a imanência do Ser supremo em tudo e em todos, Agostinho não podia adotá-la, pois era impraticável constituir uma Igreja com caráter universal e de poder, fundamentada nos princípios de Platão, o da imanência do Ser Supremo.
Era necessário lançar mão dos princípios Aristotélicos, e assim, com o conceito da transcendência, ele se dispunha em hierarquizar a Igreja, dar-lhe a forma universal e transformá-la em intermediária entre Deus e o ser humano.
Uma vez Deus fora do mundo ficaria fácil assentar as bases da Igreja, que carecia de um norteamento e de uma estrutura de poder.
Por isso Agostinho se inspirou no poder romano, fazendo a recente Igreja ser dirigida dentro de uma hierarquia rígida e com uma obediência cega.
Por certo, em gratidão ao poder romano pelas benesses concedidas à nova Igreja. (Vide Concílio de Nicéia e imposições de Constantino)
Na verdade, uma pirâmide social e teológica em que, o ápice ordena e a base obedece. (Roma Locuta Causa Finita)
Aliás, desse poder romano a Igreja herdou também grande parte da sua liturgia, os paramentos e até o nosso Natal, 25 de dezembro, que na época romana era o dia do Sol Invictus, uma típica festa pagã.
Essa foi uma maneira de agradar o próprio poder romano, como também aos pagãos que naquela época era o seu foco-alvo.
Dizem que Agostinho mesmo na baixa idade média, conseguiu planificar a primeira transnacional do mundo.
Da maneira como foi reestruturada a Igreja, transformado-a em intermediária entre Deus e os homens, ele afirmava que, fora dessa Igreja não haveria salvação, portanto ela teria o monopólio de Deus e fora dela seria a danação eterna. (Extra ecclesiam nulla salus).
O Bispo de Hipona também dizia que Deus é um assunto que não nos compete saber, apenas crer incondicionalmente.
Aliás, Agostinho foi o patrocinador de algumas coisas interessantes que a igreja as transformou mais tarde em dogma.
Primeiro foi o pecado original, diz ele que esse pecado o homem adquiriu de Adão.
Como?
Por meio do sêmen de Adão que infectou toda a humanidade sem culpa.
O pecado original não foi um pecado cometido, mas sim um pecado contraído.
Que culpa temos nós?
A inquisição ou o Santo Ofício também se deve à Agostinho, ele afirmava que quando a persuasão não funcionasse a vara funcionaria.
Dessa data em diante, a igreja de perseguida passou a ser a igreja perseguidora.
Diametralmente oposta à ideologia agostiniana, é a doutrina de Pelágio, monge britânico que vivia em Roma, e algum tempo ao norte da África.
Admite com Orígenes e os neoplatônicos a bondade fundamental do homem e, portanto, o livre arbítrio.
Segundo ele, o homem não herdou pecado original de Adão; pecado não é tara da natureza humana, mas abuso da livre vontade do homem individual.
Não se herda pecado, só se adquire pecado.
Todo o homem é criado como Adão, inocente e puro, dotado de perfeita liberdade; por isso é possível uma vida inteiramente boa e isenta de pecado.
Crianças recém-nascidas são absolutamente puras, e por isso o batismo de crianças não tem sentido algum.
Só um adulto deve receber o batismo como um sinal externo de uma purificação interna, realizada pela conversão livre e espontânea do pecador.
A salvação é possível em virtude da livre vontade do homem, ainda que o exemplo de Cristo não seja de grande vantagem para todos os que não atingiram ainda essa altura da perfeição.
Esta mesma confusão continua a vigorar em nossos dias.
Todos os dualistas são agostinianos, assim como todos os monistas são pelagianos, isto é, basicamente neoplatônicos ou origenistas.
Num nível superior de compreensão da verdade, Agostinho e Pelágio e todos os demais antagonistas aparentemente inconciliáveis, são amigos irmanados no mesmo ideal supremo. “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”.
Com relação ao monoteísmo dualista transcendental, verifica-se que é uma percepção que vem desde os tempos de Abraão, segundo a Bíblia.
Esse patriarca que saiu da cidade de Ur, hoje situada ao sul do Iraque, foi o ponto de partida onde Abraão recebeu ordens de Deus para empreender uma viagem para leste.
Deus prometeu para Abraão um reino com terras férteis, de boas pastagens e uma descendência para si maior que as estrelas do céu.
Talvez aqui haja nascido o mito de que nos fala J.Campbell, constituído de figuras, imagens e símbolos, inclusive a promessa de uma “Terra Prometida”.
Mas voltemos ao assunto do mistério tremendo.
Orígenes de Alexandria, bem antes de Agostinho, por volta do ano 200 d.C. feito um monge de profundo conhecimento de Deus, e um dos primeiros cristãos a ser anatematizado, era um gnóstico que pregava um novo conhecimento de Deus, (gnose) por meio da imanência de Deus que permeava todo o mundo.
No tocante ao homem, afirmava Orígenes inteiramente pelo diapasão das conhecidas palavras de seu grande contemporâneo e patrício, monge Tertuliano que dizia o seguinte: “A alma é crística por natureza”.
Quer dizer que toda a alma humana é cristã ou divina, em virtude da sua própria natureza íntima.
Mas esse cristianismo ou essa divindade, latente da alma deve, passar do estado inconsciente para o plano consciente; o homem deve “ver” o reino de Deus nele existente desde o início.
O Cristianismo não é algo que de fora seja impingido ao homem, mas é a própria natureza da alma humana que deve evolver de dentro, assim como uma árvore evolve do interior da semente que a contém virtualmente desde o princípio.
Como podemos verificar a Igreja já era adepta do transcendentalismo mesmo antes de Agostinho e de Orígenes.
Deve-se entender aqui que os patriarcas dos Cristãos que ainda não eram conhecidos como católicos, não entenderam as mensagens contidas nos evangelhos.
Por isso Jesus prometeu aos seus eleitos, a vinda do Paráclito: o entendimento do espírito pelo espírito.
Em função do que foi exposto até aqui, podemos inferir que cada ser humano pode ter o seu Deus particular, assim como a sua capacidade O concebe.
Entretanto, tem-se de tomar sérios cuidados para não se cair num panteísmo anacrônico teologicamente falando.
Aqui forçosamente teremos que nos referir ao Padre Pierre Taillard de Chardin, que afirmava existir não um panteísmo, mas sim um panenteismo natural.
O que quer dizer isto?
É naturalmente uma forma de imanência, vamos dizer assim, atualizada e justificada em que Deus está presente em tudo e em todos, mas essa presença não é Deus.
Tudo foi criado num meio divino.
Deus não é um somatório, antes de tudo Ele é o grande SOMA.
Como diz Chardin, se somássemos todas as imanências de Deus no universo, mesmo assim, ainda não teríamos Deus.
Pois imanência é estar presente sem ser.
Imanente quer dizer o seguinte: é aquilo que existe sempre em dado objeto e inseparável dele.
Imanentismo é uma doutrina que sustenta ser a fé uma exigência de profundas necessidades do íntimo do ser, e não uma graça provinda de Deus.
Chardin foi um evolucionista da modernidade, dizia que a vida evoluiu e continua a evoluir, e que nada está pronto neste planeta, tudo sofre uma evolução contínua.
Com relação ao homem e ao seu psiquismo dizia ele que, o homem também sofrerá essa evolução contínua, até que o psiquismo alcance o seu mais alto grau, - O DIVINO.
Inclusive dizia ele que a vida pulula no universo, e que nós não poderíamos nos considerar os únicos habitantes desse macro cosmo.
Mesmo dizendo que tudo isso se processou num meio divino, este sábio Padre conseguiu entrar em rota de colisão com o Vaticano.
Este lhe advertiu por meio de um “monitum”, proibindo-o de publicar seus escritos, e que se retratasse de uma forma mais conveniente, pois estava pondo dúvidas ao que preceitua os cânones da Igreja e a própria Bíblia.
Ele simplesmente ignorou as advertências que foram feitas dizendo que, não poderia transformar-se e, se isso fosse feito, seria uma agressão violenta cometida contra ele mesmo.
Diante da dificuldade imposta pelo poder eclesiástico à publicação de seus escritos, tomou a deliberação em doar tudo a sua secretária particular, para que fosse publicado após a sua morte o que realmente veio acontecer.
Em seguida trataremos ainda de acrescentar alguns ensinamentos de Pelágio, Spinoza, Friedrich Hegel, Immanuel Kant e outros.
Todos cristãos, exceto Spinoza que era Judeu de Amsterdã e foi como Orígenes considerado anátema e posto fora da sinagoga e ou da Igreja.
Agora verificaremos em comentário breve, a questão de Deus ser um mito.
Joseph Campbell, um mitólogo de raro conhecimento, reconhecido mundialmente por sua sagacidade, e pelos seus estudos de religiões comparadas e tratados sobre a arqueologia é, acima de tudo, um expoente em mitologia e seus símbolos.
Deus é um mito?
Mito é uma narrativa que se desenvolve através de imagens ou símbolos, criados pela imaginação de um determinado povo numa determinada cultura.
Ele é muito freqüente nas culturas antigas, é por meio dessas imaginações ou símbolos que os povos se comunicavam com o transcendente ou se propunham a experienciar um deslumbramento.
O mito somente deve ser analisado ou observado através da metáfora que é a linguagem nativa do mito.
Se o mito for analisado ou entendido fora da metáfora, ele perde todo o sentido, e assim, se transforma num fato real que não é verdadeiro e a sua comunicação fica prejudicada.
Metáfora como linguagem do mito é uma figura de linguagem literária que, consiste em substituir a realidade que se pretende escrever por imagens que a recorda e enriquece.
As religiões cristãs ocidentais são transcendentalistas e vêem o mito como um fato real.
Como, por exemplo, A torre de Babel, Os dez mandamentos que foram entregues para Moisés, O dilúvio, o Nascimento virginal de Jesus numa gruta. Etc e etc.
Uma vez tendo um Deus transcendente fora do mundo, as religiões institucionalizadas se arrogam pressurosas, como intermediárias entre esse Deus incompreensível e o ser humano.
Existe no hinduismo uma expressão em sânscrito encontrada nos Vedas que está lá assim: “Tat tvam asi” que quer dizer em nosso léxico, “Tu és isso”.
Essa expressão nos leva diretamente a C. Jung, que diz ser Deus um arquétipo que está impresso em nosso subconsciente e que aflora em nossa consciência.
Já nascemos com essa chancela do arquétipo.
Como?
Alguém lhe perguntou.
Ele respondeu que essa questão é irrespondível.
Eis aqui, o “Tu és isso”, quer dizer, tu és Deus, Deus está em ti. (imanente em ti).
Lembremos que alguém exatamente há dois mil anos já havia afirmado que, o “Reino de Deus está dentro de vós”, portanto, não o procureis aqui ou acolá. (Jesus).
Voltemos a C.Jung.
Jung enfatizou que as suas observações psicológicas não eram prova da existência de Deus, mas provavam apenas a existência de um “Deus-Imagem” arquetípico, com a qualidade de numinoso ou espírito imponente.
Segundo Rudolf Otto, teólogo e filósofo alemão, numinoso é o sentimento único vivido na experiência religiosa, a experiência do sagrado, em que se confundem a fascinação, o terror e o aniquilamento.
Jung chega a afirmar que Deus é um fato obviamente psíquico (da psique) e não físico, um fato que pode ser estabelecido psiquicamente, mas não fisicamente.
E continua com a sua explicação:
Encontramos inúmeras imagens de Deus, mas não podemos produzir o original.
Não há dúvida em minha mente de que há um original por trás de nossas imagens, mas é inacessível.
Não podemos nem mesmo estar a par do original, uma vez que sua tradução em termos psíquicos é necessária para fazê-lo perceptível, no fim das contas...
Sabemos que o Deus-imagem representa um grande papel na psicologia, mas não podemos provar a existência física de Deus.
Embora seja difícil enxergar Deus sob forma humana racionalmente, dado o conceito de que “o homem foi criado à imagem de Deus”, parece igualmente difícil encontrar a forma de Deus em certo lugar.
Logo, ficamos com a prevenção de que é através da psique que podemos experienciar Deus por meio do Deus-imagem.
Jung escreveu em 1935 que, afirmar que Deus é absoluto significa pôr Deus longe de qualquer conexão com os seres humanos, e que Deus absoluto não tem afinal nada a ver conosco, enquanto que um Deus “psicológico” seria o real e poderia nos atingir.
Em uma palestra em 1945, Jung definiu o espírito como uma substância ou forma de existência imaterial, que no nível mais alto e mais universal é chamado de “Deus”.
O psicólogo e psiquiatra Jung, ressaltou que nem pedra, plantas, argumentos, e nem teólogos provam a existência de Deus.
Apenas a consciência humana revela Deus como fato, porque é fato que haja uma idéia de um ser divino na psique humana.
- CONTINUA -