As Pérolas da Revolução Russa

Rússia, século XIX: enquanto o governo do Tzar se esbanja dos melhores “comes e vestes”; bebendo, festejando, desperdiçando, vivendo na psicodélica luxúria; o povo sofre. É explorado, não tem dinheiro para comprar roupas e sapatos. Comida escassa, assim como a saúde. Mortes precoces, doenças horríveis, analfabetismo em quase toda a população. Além disso, a economia russa sofre de tecnologia atrasada e baixa renda. Entretanto, mesmo com tanta miséria, o povo ainda idolatra o Tzar, chamando-o de “paizinho”.

Já no século seguinte, guerra contra o Japão: piora a situação, mas faz o povo pensar: “Nosso paizinho não conhece nossa vida, temos que informá-lo!” Assim, organiza-se uma passeata pacífica rumo ao palácio. Sabendo disso, o Tzar que não tolera tal avanço, não quer nem saber , manda seus cossacos massacrá-los.“Ele”, o paizinho querido do povo, acabou com o mais genuíno gesto, que é a manifestação popular, num dia que ficou conhecido como Domingo Sangrento.

Enquanto isso, um homem chamado Lênin forma um grupo de intelectuais que acreditam nos ideais marxistas, e que vêem esse dia tão sangrento como um ensaio geral para uma grande revolução.

As idéias começam a se espalhar, o Tzar toma providencias e expulsa Lênin do país.

Estoura a 1ª Guerra, o exército russo é enviado as trincheiras. Soldados morrem, a dívida aumenta, a população se afunda na mais mórbida miséria. O povo não agüenta mais. Outra vez milhares de pessoas vão aos portões do palácio exigir: Paz ! Pão! e Terra! O Tzar se sente pressionado, mas não dá as cartas; ordena os cossacos atacá-los; estes se recusam a obedecer. Não vendo saída, é obrigado a retirar os soldados da guerra e dividir o poder com a “Duma”(Parlamento). Com isto povo recebe paz, mas nada de pão nem terra.

Lênin retorna, agora com as comunidades de base, os Sovietes. Outra revolução acontece, é Outubro de 1917, desta vez o Tzar é derrubado, preso e condenado a morte junto com a família real. A Duma perde o poder e nasce outro governo. O governo soviético, com um partido social-democrata dividido entre mencheviques, a minoria, que acreditavam na transição lenta para o socialismo num corpo político aberto, e os bolcheviques, que querem transição imediata e mais seleção. Para ser partidário dos bolcheviques, requisitava ser soviete e ter amplo conhecimento marxista. Estes, que eram a maioria, controlavam o governo, controlado por Lênin.

Começa uma nova era para a Rússia. A economia volta acrescer, a educação e concientizaçao se implanta no povo, a reforma agrária faz os camponeses progredirem, conseguindo abastecer a população que por tanto tempo passou fome. A tendência da Rússia é tornar-se uma grande potencia, é um grande perigo para as superpotências capitalistas: o fogo do demônio chamado capitalismo pode ser extinto pelas ondas crescentes do mar socialista. Providencias são tomadas imediatamente. É criado o cordão sanitário, uma barreira comercial que tem como objetivo impedir o avanço do socialismo, com ajuda do Exército Branco, formado pelos ex-cossaco e forças extrangeiras, que e posto em ação, criando uma guerra civil. Os "vermelhos" retrucam, mostrando-se indiferentes e enviando um exército popular, chefiado por Trótsky, que acaba abafando os alvos capitalistas, depois de um tempo de confrontos.

Nesta trégua, Lênin começa a se preocupar, pergunta-se como será seu sucessor. Adoece e mais tarde falece. No mesmo ano de sua morte, é realizada uma eleição com dois candidatos para a sucessão: Trótsky e Stálin, este ultimo acaba por vencer.

Mesmo com atos severos e cruéis, matando aqueles considerados contra-revolucionários e desleais a suas ordens, Stalin controla uma União Soviética potente com um povo satisfeito, mas que infelizmente, não se eximiu da ganância e especulação, o que faz em 50 anos, aquele socialismo forte e resistente, voltar ao velho e atrasado capitalismo.

Dakota Ísis Santiago
Enviado por Dakota Ísis Santiago em 25/08/2011
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