O CÉREBRO E A ALMA.
Todos nós temos cérebro e alma, eu acredito que sim, contudo em cada profissão é utilizado preferencialmente um dos dois.
Podemos citar alguns exemplos que utilizam o cérebro para escrever profissionalmente; juízes, advogados, médicos, entre outros, em que a rotina é necessária e fundamenta os princípios dos seus trabalhos, entretanto de outra forma existem os escritores e poetas que utilizam a alma como fonte de energia para as inspirações e execução da sua literatura, e esta não aceita rotinas e nem condicionamentos, antes precisa do ócio e liberdade para “produzir”.
Contrariar esta natureza é fechar as portas para a criação e perder o seu domínio.
O profissional da literatura que utiliza o cérebro como única ferramenta, em momento algum consegue passar a arte na sua mais pura essência, o sentimento da alma.
Eu creio que uma crise existencial de um escritor ou poeta é tal qual uma represa com excesso de chuvas, se não abrirem as suas comportas romper-se-ão suas barragens e suas águas farão um grande estrago, de outro lado para o escritor e o poeta se não deixar-se extravasar em forma de erupções controladas os seus conclusos através de indecifráveis pensamentos e reflexões perderão o grande momento da criação, e a busca desse processo sem equilíbrio geralmente proporciona uma aliança perigosa, “a arte com a loucura”, que limita e derrota os mais sábios dos literatos.
Seja a nossa alma fiel companheira da criação e o ócio com a liberdade as ferramentas da produção.