AS DIMENSÕES DO UNIVERSO.

 

 

 

 

“Não fique perturbado o coração de vocês. Acreditem em Deus e acreditem também em mim. Existem muitas moradas na casa de meu Pai. Se não fosse assim, eu lhes teria dito, porque vou preparar um lugar para vocês”. Jesus.

 

 

 

 

 

 

No livro de Stephen W. Hawking, “UMA BREVE HISTÓRIA DO TEMPO”, 30ª Edição às páginas 62-63, encontramos a seguinte citação:

Nossa visão moderna do universo data apenas de 1924, quando o astrônomo americano Edwin Hubble demonstrou que a nossa não era a única galáxia. Havia, de fato, muitas outras, com amplas extensões de espaço vazio entre elas.

A fim de provar tal fato ele precisou determinar as distâncias até essas outras galáxias, que estão tão distantes que, diferente das estrelas próximas, realmente parecem fixas. Hubble foi forçado, então, a utilizar métodos indiretos para medir essas distâncias.

O brilho aparente de uma estrela depende de dois fatores: quanta luz ela irradia (sua luminosidade) e a que distância está de nós. Com relação às estrelas mais próximas, podemos medir o seu brilho aparente e sua distância e, assim, calcular a sua luminosidade.

Inversamente se, se conhece a luminosidade das estrelas em outras galáxias, pode-se calcular a sua distância, medindo o seu brilho aparente.

Hubble percebeu que certos tipos de estrelas sempre apresentam a mesma luminosidade, quando elas estão próximas de nós o suficiente para que possamos medi-las; sendo assim, ele argumentou que se encontramos tais estrelas em outra galáxia, podemos supor que elas mantêm a mesma luminosidade e, então, calcular a distância até essa galáxia.

Se pudermos fazer isso para um dado número de estrelas na mesma galáxia, e se nossos cálculos sempre indicarem a mesma distância, então, podemos confiar razoavelmente em nossa estimativa.

Desta forma, Edwin Hubble calculou as distâncias de nove galáxias diferentes. Sabemos agora que, a nossa é apenas uma de algumas centenas de milhares de milhões de galáxias que podem ser vistas através de modernos telescópios, cada uma, contendo algumas centenas de milhares de milhões de estrelas.

Contudo, antes de entrarmos definitivamente no assunto que nos propusemos tratar, faremos uma outra citação de Stephen W. Hawking sobre as dimensões do espaço que também é aceita por todos os astrofísicos modernos.

 

Vejamos:

 

Tanto Albert Einstein, assim como Stephen Hawking elaboraram com princípios matemáticos e físicos, as teorias a respeito da existência de universos paralelos ao nosso.

E que o acesso a esses universos paralelos, se daria através de um portal existente nos buracos de minhocas ou nas super cordas.

Como isso seria possível?  Isso ainda não se sabe, mesmo porque, nem mesmo temos tecnologia e máquinas capazes de localizar esses portais de entrada, e mesmo se soubéssemos não saberíamos como se adaptaria um ser humano numa outra dimensão.

Como também é de conhecimento de todos os físicos e astrofísicos da existência de buracos negros.

Bom, existem muitas teorias sobre os buracos negros, não vamos abordá-las porque são inúmeras e complicadíssimas, entretanto, faremos uma definição dessa singularidade de forma didática e compreensível.

Um buraco negro é uma estrela que morre por exaustão, isto quer dizer que, ela consome todo o seu conteúdo de Hidrogênio e Hélio e se contrai, transformando-se numa anã-branca, passando a atrair tudo o que se aproxima dela, inclusive, a luz.

Todavia, apesar dos intensos estudos, os cientistas ainda não descobriram para aonde vão todos esses elementos atraídos pelos buracos negros.

Os mais ousados e irreverentes acham que os buracos negros são geradores de novos universos, isto é apenas uma simples suposição e nem teoria é, pois ainda não foi possível enviar algum artefato para informar o que acontece, sabendo-se de antemão que tudo o que é atraído pela singularidade do buraco negro jamais voltará, então, ficamos prejudicados sem a informação.

Tudo o que está sendo tratado aqui, são estudos científicos calcados em teorias e, como teoria é uma suposta verdade ou uma verdade provisória, temos que estar preparados para o surgimento de novas teorias que se aproximem mais da verdade.

Tudo é muito provisório, por isso aprenda tudo, mas duvide de tudo.

Como acabamos de dizer, nós estamos lidando de frente com suposições, e isso nos dá margem para questionamentos, porque uma vida sem questionamento não vale a pena ser vivida, (Sócrates) assim sendo, eu tenho completa liberdade para questionar o próprio universo aonde eu vivo.

Vamos agora entrar no mundo das reflexões sobre os questionamentos que se faz necessário, pois tudo é possível, só ainda não é provável, mas, além da imaginação existem muitos mistérios que não compreendemos.

Aqui teremos que fazer uma observação muito apropriada, pois as grandes verdades foram ditas utilizando-se de parábolas e ou metáforas, e isso nós dá margem para uma gama imensa de interpretações, a não ser que, exista alguém infalível que possa nos transmitir o seu juízo inquestionável.

Como primeiro enfoque, vamos tentar interpretar o que Jesus disse conforme o tópico acima, mesmo porque, Jesus foi de uma sabedoria insofismável e tinha um poder psíquico muito grande que levaram certas tendências religiosas a considerá-lo como um verdadeiro Deus.

Se ele foi um Deus ou não, aqui não cabe nos posicionar, pois já fizemos isso no trabalho ou ensaio a respeito da “Imanência Real”.

Vamos nos ater ao que ele disse:

 

Quando ele falou a respeito de que na casa de meu pai existem várias moradas, temos que entender que, para quem ele falava era de pouca compreensão, quase analfabeto ou semi-analfabeto, por isso, Jesus sempre utilizava a figura literária das parábolas, mas no final ele acrescentava o seguinte: “Quem tem ouvidos de ouvir, ouça!”.

Como Jesus estava diante da dificuldade de ser claramente compreendido, ele falou em moradas, quando evidentemente, quer nos parecer que ele gostaria de ter falado em dimensões.

Hoje, diante do progresso da civilização e, conseqüente evolução do ser humano, nós podemos imaginar as moradas que foram ditas por Jesus como as dimensões existentes no universo.

É fácil imaginar que estas moradas (dimensões) estejam localizadas num lugar qualquer, numa posição astronomicamente privilegiada dentro de um desses universos paralelos que, somente serão acessados por uma energia incorpórea ou energia sutil, e esse evento só poderá ser realizado através de uma singularidade espiritual, quero dizer, somente por espíritos ou almas que terão acesso franqueado.

Ele, inclusive, nos dá a confirmação de que o que falava era tão somente a verdade, acrescentando que, se não fosse assim, eu não vo-lo teria dito.

 

E, para arrematar a sua parábola, manifestou a sua vontade ou missão de preparar um lugar, dizendo ainda que: “para aonde eu vou o caminho vocês já conhecem”, entretanto, diante da não compreensão dos apóstolos em não conhecer o caminho, ele amavelmente disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim”.

Jesus quis dizer que, para acessar essas moradas ou dimensões é necessário que se entenda e pratiquem a Boa Nova que ele estava ensinando. (Se vocês me conhecem, conhecerão também o meu Pai. Desde agora vocês o conhecem e já o viram).

Isto que Jesus falou aos apóstolos quer inferir que, cada indivíduo terá uma morada na casa do Pai, segundo o seu grau de evolução e espiritualização.

Então, é fácil de imaginar uma escala de dimensões que serão ocupadas por espíritos merecedores e, como se trata de escalas, logo nos vem à idéia de graus de evolução que serão atingidos de forma vertical, ascensional sempre tendendo ao Pai. É a parte no seu caminho irrecusável de se ligar novamente ao Todo.

Conversando com o Padre desta paróquia, furto-me nomeá-lo por uma questão de ética, mas como era esperado, ele me interpretou a citação de Jesus exatamente como eu já esperava, isto é, numa interpretação eclesiástica reducionista, bem ao gosto de Tomas de Aquino.

Como sempre, tangenciou o assunto com aquela propriedade clerical e disse que o Kardecismo tratava do assunto sob um outro enfoque. Pelo menos, eu fiquei sabendo que ele conhece uma outra interpretação.

Não conformado com a interpretação eclesiástica do Padre, resolvi consultar o Pastor Marco - Aurélio da Igreja Quadrangular, e que por uma mera coincidência é meu filho.

Eis na íntegra a interpretação do Pastor Marco - Aurélio:

A minha interpretação em relação à frase que citaste é a seguinte: O lugar, ao qual o Senhor Jesus estava se referindo e que ele iria nos preparar, é denominado na Bíblia como sendo o Terceiro Céu, descrito por Paulo em: Co. 2: 12-2. Isso é uma promessa feita por Jesus aos que crerem, pois serão arrebatados antes dos acontecimentos descritos por ele mesmo (guerras, rumores de guerras, nação contra nação... etc.etc.) e os que aceitarem e se encontrarem na situação merecedora serão levados para lá. No Apocalipse João descreve esse lugar, numa visão que teve enquanto estava preso na ilha de Pátmos. (E a construção de seu muro era de Jaspe, as ruas de ouro e assim por diante). Para maiores informações ler Apocalipse 21: 18-21. E ele sendo quem era, afirmou dizendo: Se não fosse assim, eu mesmo vo-lo teria dito. Então, é só acreditar, o resto é resto.

Com essa interpretação do Pastor, ainda não ficou claro onde se encontra esse Terceiro Céu, não seria o caso de aqui pensar num universo paralelo, cujo acesso é somente possível por meio de uma energia sutil (Alma ou Espírito).

Pelo menos a interpretação do Pastor não é evasiva e nem tergiversante, ficando tão somente apoiado na Bíblia com os seus enigmas e suas metáforas.

Já disse Joseph Campbell que a Bíblia é uma floresta de metáforas, por isso, tem-se que tomar cuidado com as interpretações, as ditas metáforas, somente devem ser pensadas com conotação e não com denotação, senão, a mensagem que se pretendia informar fica prejudicada.

Aqui seria bom lembrar o erro da Igreja Católica que, ainda prega a existência de um inferno como um local de sofrimento no universo astronômico.

A mensagem fica prejudicada porque é interpretada com denotação, desta forma, sugerindo um local geográfico determinado e físico.

É muito oportuno que se faça uma menção ao que foi dito pelos Espíritos a Allan Kardec e que consta no livro: O QUE É ESPIRITISMO Capítulo III item 105 e 150 (das perguntas). É o seguinte:

150 – Para aonde irá a alma depois de deixar o corpo?

Resposta dos Espíritos: Ela não vai perder-se na imensidade do infinito, como geralmente se supõe; erra no espaço e, o mais das vezes, no meio daqueles que conheceu e, sobretudo, que amou, podendo instantaneamente transportar-se a distâncias imensas.

No mesmo livro no seu Capítulo III – Solução de alguns problemas pela Doutrina Espírita – Pluralidade dos Mundos – encontramos a seguinte pergunta e a sua respectiva resposta:

105 – Os diferentes mundos que circulam no espaço, terão habitantes como a Terra?

Resposta dos Espíritos: Todos os Espíritos o afirmam e a razão diz que assim deve ser. A Terra não ocupa no Universo nenhuma posição especial, nem por sua colocação, nem pelo seu volume, e nada justificaria o privilégio exclusivo de ser habitada. Além disso, Deus não teria criado milhares e milhões de globos, com o fim único de recrear-nos a vista, tanto mais que o maior número deles se acha fora de nosso alcance.

Vejamos o que disse o Dr.Charles Richet, um Prêmio Nobel de Fisiologia no Seu Traité de Métapsychique – Richet 1923, p.33 sobre Allan Kardec: “É preciso admirar sem reservas a energia intelectual de Allan Kardec. Apesar de sua credulidade um pouco exagerada, ele tem fé na experimentação. É sempre sobre a experimentação que ele se apóia, de tal forma que, a sua obra não é somente uma teoria grandiosa e homogênea, mas ainda é um imponente feixe de fatos”.

Entretanto e infelizmente a Religião Católica, bem como as demais tendências Cristãs com os seus teologismos eclesiásticos, somente nos apontam três possibilidades após a morte. O Céu, o Purgatório ou o Inferno.

Quanta limitação e falta de conhecimento verdadeiro dos projetos de Deus!

Isso é um produto da arrogância e da ignorância que nos é imposto por meio dos malefícios dos dogmas; que servem tão somente para esmagar as nossas teimosas e justificadas dúvidas.

Façamos uma referência ligeira a Dante Alighieri que disse o seguinte: “De todas as idiotices, a mais estúpida, a mais desprezível, a mais condenável das defesas é a de que supõe que após esta vida não há outra”.

E, por ter dito isto, morreu perseguido e fugindo da ira dos dogmáticos e reducionistas clericais da época que compunham o terrível Santo Ofício.

A propósito deve-se questionar o seguinte: Se há uma outra vida ou outras vidas após esta vida, por certo, deve haver uma morada, uma dimensão ou uma vibração num plano superior ao nosso para acolher essas vidas.

Então, como iremos explicar as aparições de Santos e Santas que tanto têm se manifestado em todo o orbe?

Quando questionamos algo, normalmente, uma pergunta nos impõe uma outra, por exemplo:

Se esses Santos e Santas e ou Espíritos ou Almas aparecem, por certo, quer nos parecer que de algum lugar eles vêm.

Se disserem que isso é uma fraude ou uma ilusão, certamente que é muito deplorável que o ser humano seja tratado assim.

Alguém já disse acertadamente que, entre o céu e a terra existem tantos mistérios que a nossa limitada razão não compreende.

Mas, como temos convicção de que algo existe, mesmo nunca tendo visto um Santo ou Santa ou Espírito ou Alma, contudo, as evidências por si mesmas falam, a ponto de não necessitarmos de fé, pois a fé é um estado emocional e com ela não podemos provar nada.

Novamente temos de citar Dr. Charles Richet, vejamos o que ele diz em: RICHET, 1999, p.79 – “Um primeiro fato é evidente: é que todas as vezes que um sábio assentiu em estudar de maneira aprofundada esses fenômenos, chamados outrora de “Ocultos”, adquiriu a convicção da existência desses fenômenos. Na história da Metapsíquica, não conheço sequer um caso, nem sequer um, de um observador consciencioso que, após dois anos de estudos, tenha concluído por uma negativa”.

Se os cientistas, sábios e estudiosos se ocupam desse assunto de entidades ocultas, quer nos parecer que elas existem e se existem de onde vêm?

Se aceitarmos que Deus é um Ente na sua maior perfeição e sapiência, e que, Ele sendo a causa primeira eficientíssima de todas as coisas ou causas, jamais faria algo que não fosse perfeito. Porque de uma causa primeira eficiente e perfeita somente poderia criar eventos (efeitos) perfeitos.

 

Voltando ao assunto do universo.

 

Por isso, não é totalmente verdade que o universo tende a se congelar e se aglomerar e voltar a ser um caos, conforme as teorias dos físicos e astrofísicos descritas no Big Crunch, quando o universo entrar novamente em colapso.

Acho que Deus não faria algo tão frágil e previsível que o ser humano possa calcular o seu fim, através de cálculos matemáticos e enunciação de teorias que deixam muito a desejar.

Pois é sabido que a razão humana, ainda é muito limitada e não consegue inteligir sobre a vontade e a sapiência Divina, mesmo porque, estamos diante de um Ente totalmente inconcepto pela própria razão.

Ao homem, somente é possível perscrutar certos fenômenos e algumas causas e, normalmente, ele se restringe aos cincos sentidos que também são de alcance limitado; e por ter essa natureza reducionista, na maioria das vezes, destorcem a realidade, fazendo com que se veja tão somente uma tênue sombra da realidade. Para uma maior compreensão dessa impossibilidade humana, aconselha-se a ler as Cavernas de Platão.

Lá, encontraremos o seguinte raciocínio do preclaro discípulo de Sócrates que disse o seguinte: “Só o que experimentamos no nível da realidade disponível através dos cinco sentidos, é uma pobre limitação de um nível superior de realidade, as Formas”.

O filósofo Platão que foi um dos maiores pensadores de todos os tempos viveu em Atenas do ano 428 a 348 a.C.. Deixou-nos um corpo de pensamentos na forma de vinte e dois diálogos ou peças filosóficas, a maioria dos quais inclui seu mestre Sócrates como principal interlocutor e deixou também um pequeno número de cartas.

Platão acreditava firmemente no uso da razão, da lógica e da argumentação para se chegar à verdade e à sabedoria, mas só até certo ponto, pois foi também um grande visionário que sugeriu que a verdade última só pode ser alcançada em uma experiência quase mística de iluminação e de intuição.

Aceitava a existência de planos e dimensões da realidade além do mundo físico, sensível, e acreditava que o mundo natural só pode ser compreendido em referência a esses outros e “superiores” planos da realidade.

Em conseqüência, interessava-se principalmente pelo componente incorpóreo, consciente, dos homens, a alma, e encarava o corpo físico só como um veículo temporário da alma.

Não é de surpreender, pois, que estivesse interessado no destino da alma depois da morte física, e muitos dos seus diálogos, especialmente, Fédon, Górgia e a República, tratam em parte desse assunto mesmo.

Não podemos nos deixar levar pelo pensamento incrédulo dos materialistas, achando que a vida é tão somente esse pequeno lapso de tempo consciente.

É de senso comum achar que a vida tem o seu prosseguimento em uma outra dimensão, caso contrário, a vida não faria sentido e, como Deus não cria coisas sem sentido, isso nos remete a suspeitar com muita evidência que existem dimensões fora da nossa dimensão para acolher essas vidas incorpóreas.

 

As obras que tem por origem um fato gerador promovido por um Ente transcendental de Ato Puro, nem todas são passíveis de conhecimento, pois o criado jamais entenderá o seu Criador.

Diante dessas suposições que os homens estão conjeturando a respeito do universo com teorias totalmente provisórias, também seria de bom tom que, eles pensassem na possibilidade de que Deus na sua infinita sapiência tem soluções que o homem nunca imaginou e nunca irá descobrir a verdadeira vontade Divina. (Deus é Ato Puro, Ele é a Essência e o Ser ao mesmo tempo).

Deus na sua infinita sabedoria é totalmente inconcebível, por certo e com toda a certeza, Ele tem todas as soluções na manga, mesmo porque, Ele sabe exatamente o que fez o que faz o que está fazendo e o que ainda fará.

Tudo o que foi criado é dinâmico, tem potência e, por uma característica própria e Divina, está totalmente permeado pelo seu próprio Criador. Deus se faz presente em sua própria criação, isso não é panteísmo, (Deus é tudo) mas sim, imanência, que quer dizer estar presente sem ser. É o poder Infinito permeando todo o finito criado.

Albert Einstein é, talvez, o mais famoso cientista dos tempos modernos; mas, ele não foi apenas um cientista. Foi também um fervoroso humanitário que trabalhou pela paz e igualdade entre todas as pessoas.

Suas teorias mudaram o mundo científico do Século XX e seu trabalho em questões humanitárias ajudou a mudar a vida de muitas pessoas a quem ele ajudou a ter uma vida melhor.

A teoria geral da relatividade levou o trabalho de Einstein sobre a relatividade especial a um novo nível ao incluir a gravidade.

Os resultados eram um tanto estranhos, incluindo raios de luz curvos, mudança no tempo com altitude, curvatura do espaço e outros resultados singulares, todos comprovados experimentalmente.

Diante dos seus trabalhos e conseqüente reflexão, Einstein proferiu a sua mais profunda sentença: “Deus não joga dados com o universo”.

Isto quer dizer que, Deus não faz nada no campo das probabilidades, tudo o que Ele faz ou cria é com absoluta certeza.

Tudo o que tem origem Divina é totalmente magnífico e o homem abismado vai aos poucos descobrindo as obras de Deus que ele, o homem, achava impossível.

Agora, neste novo milênio, o abismo entre a espiritualidade e a ciência está se fechando. A física quântica revela que o átomo não é a menor partícula existente e, no nível subatômico, aqueles ínfimos pedaços de matéria fascinante, fazem coisas que desafiam as leis do tempo e do espaço.

No fim das contas, a ciência e a espiritualidade podem não ser mutuamente excludentes.

Agora, para concluir este trabalho, mesmo sabendo que, para esse assunto aqui tratado não há conclusão possível, pois dita conclusão teria uma abrangência infinita, o que é totalmente vedado a nossa limitada razão.

Mas como aqui tratamos do homem e o seu relacionamento presunçoso com as obras de Deus, quero aqui deixar e demonstrar a minha insatisfação e revolta com o comportamento humano.

O homem em sua arrogância e no seu orgulho desmesurado, escravizado por uma vaidade desnecessária, pensa saber tudo a respeito das obras de Deus.

Quando na verdade, o homem em sua sandice destrói a magnífica obra de Deus, destruindo a si mesmo, o planeta aonde vive e aos seus semelhantes com os artefatos que ele descobriu, colocando a humanidade num constante suspense existencial.

O homem presunçoso como é e se achando único no universo, não sabe ele que a vida esse evento sutil que ele ainda não compreendeu como foi criada, pulula em toda a extensão macrocósmica.

Não vamos entrar em pormenores, porque esse assunto já foi tratado no ensaio “A VIDA PULULA NO UNIVERSO”.

O homem na sua insaciável fome de saber despende bilhões e bilhões de dólares para pesquisar o espaço cósmico, quando deveria olhar para o seu próprio planeta, preservando-o e assistindo com o seu progresso inquestionável aos seus irmãos que, estão morrendo em dolorosa e inadmissível miséria pelo martírio da fome.

Como dizem os Espíritos Superiores que ainda se comunicam conosco através dos Médiuns, que FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.

Para encerrar este trabalho todo fundamentado em citações de pessoas de inquestionável sabedoria, e como desfecho final faço uma menção ao que foi dito pela Doutora Elisabeth Kübler-Ross, uma médica, psicóloga e parapsicóloga de vasto saber e que diz o seguinte:

Para estar em paz é necessário sentir um senso de história. Você tanto é parte do que veio antes como parte do que há de vir.

Estando assim rodeado, você não está só; e o senso de premência que impregna o presente é posto em perspectiva: não use frivolamente o tempo que é seu para gastar. Trate-o com carinho, pois cada dia pode trazer nova evolução, insight e consciência.

Use essa evolução não egoisticamente, mas sim, a serviço do que poder vir a ser em futura maré de tempo. Nunca permita que um dia se passe que não acrescente ao que você já compreendeu.

Deixe cada dia ser uma pedra na vereda da evolução. Não descanse até que esteja feito o que pretendia. Porém, lembre-se: vá tão vagarosamente quanto necessário para manter o passo firme; não desperdice energia.

Finalmente: Não permita que as ilusórias urgências do imediato o desviem de sua visão do eterno.

 

POSFÁCIO;

 

Advertência com uma oração para as minhas ilusórias urgências imediatas com este humilde posfácio:

“Que Deus me dê serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar, e a coragem de mudar as coisas que eu posso mudar. E, sobretudo, a sabedoria para reconhecer a diferença, como também, para aceitar as coisas que ainda não posso compreender”.

 

Imaruí, SC, 11/06/06

 

 

Eráclito

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 09/12/2006
Código do texto: T313461