Quarto de corpos e sonhos

Esta noite eu tive um sonho

Não pude conter-me de emoção.

Na cama, deixo o corpo, que ponho,

pra não despertar meu coração.

Como que de ribalta, o meu abajur,

entre o espetáculo e a expectativa,

a silhueta iluminava. Ah! Estava nu.

Saí-me do sonho, e vim pra ativa.

Esculpido, ingênuo e brilhos n’olhar,

neste cenário, num canto m’espreitava.

A cena se passava... O quarto, o altar.

Como num palco, o seu corpo encenava

toda a expressão de amor a representar,

o que agora em realidade vou lhe revelar.

Paulo Acácio
Enviado por Paulo Acácio em 29/07/2011
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