POEMA SEM VERBOS
Bastante para mim, aos outros um apenas
Magnífico e grave no oco dos poemas
Em prosa e verso o ousado raio da razão
Paixão amargurada, falsa e atraente
Dos beijos, poeira, remédio porventura
Mas da alquimia passageira, essa loucura
Pois da miragem, a conclusão: puro branco
Outro mundo fugidio, sem opinião
Um saltimbanco, certamente melancólico
Por entre o doce das carícias do cetim
Enfim em meio dos prazeres e sentidos
Da tão ingrata e todavia sensatez