POEMA SEM VERBOS

Bastante para mim, aos outros um apenas

Magnífico e grave no oco dos poemas

Em prosa e verso o ousado raio da razão

Paixão amargurada, falsa e atraente

Dos beijos, poeira, remédio porventura

Mas da alquimia passageira, essa loucura

Pois da miragem, a conclusão: puro branco

Outro mundo fugidio, sem opinião

Um saltimbanco, certamente melancólico

Por entre o doce das carícias do cetim

Enfim em meio dos prazeres e sentidos

Da tão ingrata e todavia sensatez

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 26/07/2011
Reeditado em 01/08/2011
Código do texto: T3120166
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