“A velhice pode ser bela?”
Deparo-me com um fragmento
de texto da Lya Luft
que transformo numa interrogação.
Preocupa-me esta querela.
Na verdade, o limite de beleza é imposto pelo “eu”.
Quanto a mim, que estou quase a chegar,
não sei o que pensar.
Sem sustos, 58 fiz,
apesar de ainda tentar ser feliz.
Mas sessenta, me desorienta.
E a minha independência?
Meu habeas-corpus,
cassado sem recursos protelatórios?
Aceito embargos à minha declaração,
o que não impedirá que a ação do tempo,
em algum momento,
seja declarada extinta.
Rogoldoni
16 07 2011
Deparo-me com um fragmento
de texto da Lya Luft
que transformo numa interrogação.
Preocupa-me esta querela.
Na verdade, o limite de beleza é imposto pelo “eu”.
Quanto a mim, que estou quase a chegar,
não sei o que pensar.
Sem sustos, 58 fiz,
apesar de ainda tentar ser feliz.
Mas sessenta, me desorienta.
E a minha independência?
Meu habeas-corpus,
cassado sem recursos protelatórios?
Aceito embargos à minha declaração,
o que não impedirá que a ação do tempo,
em algum momento,
seja declarada extinta.
Rogoldoni
16 07 2011