Pequena reflexão sobre a loucura
A loucura segundo a Psicologia é uma condição da mente humana, caracterizada por pensamentos considerados "anormais' pela sociedade. Segundo "Homero" os homens não passam de bonecos a mercê dos deuses, por isso seus destinos eram conduzidos pelas "Moiras", o que criava uma aparência de estarem possuídos pelo que os Gregos chamavam de "mania". (Moiras de acordo a Mitologia Grega eram três irmãs, Cloto, Láquesis e Átropos que determinavam o destino tanto dos deuses quanto dos seres humanos, três figuras sorumbáticas responsáveis por fabricar, tecer e cortar o fio da vida de todos os indivíduos). Philippe Pinel, médico Francês que revolucionou a história da Psiquiatria propondo tratamento menos supersticioso e mais humano, alterou a noção da loucura ao anexá-la a razão e, ao separar o louco do criminoso. Hegel afirmou que a loucura não seria a perda abstrata da razão, a loucura é um simples desarranjo, ou uma pequena contradição da razão. Já foi dito que o louco é aquele que pensa além da mera capacidade dos demais, o que enxerga com olhar utópico frente a todas as mazelas da sociedade. Albert Einstein disse que “o mais incompreensível do mundo é que ele seja compreensível”. Já Erasmo de Rotterdam falou que "A pior loucura é sem dúvida pretender ser sensato num mundo de doidos". Raul Seixas por sua vez disse que” A arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser um sujeito normal. A loucura se entrelaça em nosso cotidiano e, em formas conotativas e denotativas nos concede as nossas melhores ações. O escritor Americano Edgar Allan Poe dizia que certa vez já fora caracterizado de louco por algumas pessoas e, indagava se a loucura não representava talvez a forma mais elevada da inteligência? Mas essa tal de loucura já se apossou de grande quantidade de mentes geniais, que mesmo com a instabilidade fervendo na consciência deixaram seus legados das mais belas expressões para o deleite dos considerados normais. Vincent Van Gog, o pintor expressionista Holandês, foi adotado pela loucura do talento e, não conseguiu se desvencilhar, com seu pincel ardente na Paleta pastosa multicor, pintou de tudo que a inspiração pedia, com o lema de pintar o que sente e não o que vê, delatou em suas obras um sentimento voraz de criar sem medida, dando vida em movimentos circulares de cores se fundindo em temperaturas alucinógenas que o artista gozava deliberadamente. A História ainda narra surtos de Paul Gauguin, Tolstói, Tchaikovsky, Ray Collares, Hilário Bispo, Ricardo Maciel e até Roberto Coelho e uma interminável lista com outros grandes nomes. Especialistas na área de saúde mental questionam, a respeito do poder criativo se há realmente uma ligação com a Arte, essa instabilidade que distorce a personalidade destes seres que mudam o mundo a suas versões, colorindo, cantando, encenando, escrevendo etc. Freud se interessou pelo assunto, convicto de que encontraria algumas verdades psicológicas Universais, analisando vida e obra destes artistas, buscando pistas de transtornos mentais. .