Metáforas da identidade: Os atores.
De: http:\\arevolucaodosrepolhos.blogspot.com
Se você tem uma identidade bem construída, não leia.
A vida é um teatro.
Não?
Dramas, comédias, romances... A linha que separa a invenção da naturalidade é tênue, obscura e irrequieta. A vida é um perfeito teatro, e nós somos os atores. Sim, os atores, não as personagens, e eis aí a chave da questão, pois a personagem é a identidade, e nós não somos as personagens, somos os atores.
Não raro, atuamos em um papel por muito, muito tempo, tanto que acabamos por confundir o que somos com nossa personagem. Noutras vezes, não nos agrada a personagem que nos é dada, e nos sentimos sem personagem, sem identidade, pois demoramos a descobrir que os autores, roteiristas e diretores também somos nós.
Cada pessoa com quem nos relacionamos nos vê de uma forma diferente. Uma hora somos filhos, outra irmãos, amigos, colegas, namorados, marido, mulher, chefe, subordinado, concorrente... Não obstante, agimos diferente com cada pessoa com quem nos relacionamos, e cada modo como agimos poderiam ser “lados” de uma mesma pessoa, ou personagens interpretadas pelo mesmo ator.
Por que personagens e não “lados”? Porque “lados” implica uma idéia de que o lado está ali, é só virar que você enxerga. Personagem não, personagem é invenção. Somos invenção? Não, somos atores inventando personagens, pulamos de um papel ao outro, porque é isso que nos faz desenvolver. Há personagens que se eternizam, fato, mas nem por isso precisamos passar o resto da vida a interpretando.
Não somos as personagens, somos os atores. Somos a liberdade de ser.
Nota: Esse texto ficou uma merda, mas a idéia é essa apresentada na última linha, simples, só não tive a capacidade de transmiti-la.
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