Um jeito simples
Hoje posso abrir minhas mãos assim,
Para que delas fluam as águas retidas
Pela vergonha que sentia ao chorar.
Cada lágrima que molhou esse caminho
Umidece, agora, a terra fresca onde piso
Com total dignidade e verdadeira coragem.
Quisera saber antes, o que hoje compreendo,
Não deixaria de chorar, chorar nos faz humanos
Apenas me guardaria um pouco mais para o depois.
Esse depois que se me apresenta tão prazeiroso,
Sem forçar o riso, sem esconder o pranto,
Um viver manso e leve de espectativas.
Felicidade?! Não, com certeza, não.
Só um jeito simples de encarar a vida