Gonzalo Rojas, poeta de lo numinoso
*Este ensaio é o condensado de um artigo de nossa autoria
A vida e a obra de Gonzalo Rojas é motivo de estudos diversos por parte de pesquisadores da área da Literatura, a exemplo das obras de: E. Giordano (ed.), Poesía y poética de Gonzalo Rojas (Santiago, Maité, 1987); A. Piña, Conversaciones con la poesía chilena (Santiago, Pehuén, 1990); H. May, La poesía de Gonzalo Rojas (Madrid, Hiperión, 1991); M. Coddou, cronología de G. Rojas Obra selecta (Santiago, Ayacucho y FCE, 1998); J. Sefamí, Conversaciones con Gonzalo Rojas, Olga Orozco, Álvaro Mutis y José Kozer (Caracas, Monte Ávila, 1996); etc.
Neste ensaio há um apanhado da vida e da obra de Gonzalo Rojas, além de menções a estudos realizados a partir de sua poética envolvendo temas como os do amor, da morte, da mulher e do mistério do existir. A argumentação se desenvolve em torno do foco da palavra que fascina em suas infinitas possibilidades e do silêncio misterioso que se espalha numa esfera de transcendência fantástica. Gonzalo passou a vida inteira procurando o segredo contido nas arestas entre a palavra e o mistério.
Foram utilizados para a elaboração deste trabalho e-textos do Centro Virtual Cervantes/Literatura, a seguir relacionados: El dador de cumbre (Alexandra Domínguez); El éxtasis de Gonzalo Rojas en Calle Mayor (M.ª Teresa González de Garay); Una poética del entusiasmo (Francisca Noguerol); El pneuma y lo inhablable en la respiración poética de Gonzalo Rojas (M.ª Ángeles Pérez López) Aproximaciones al nieto de Quevedo (Diego Valverde Villena); e Gonzalo Rojas o el tránsito por la palabra (Trinidad Barrera ).
Compreender nuances da obra de Rojas é importante para os estudos da Literatura, especialmente as de língua espanhola. Tendo em vista a universalidade da poesia e a influência exercida pelas leituras que fazem os poetas de obras de outros idiomas, torna-se também imprescindível o conhecimento da produção do poeta e dos estudos recentes acerca de aspectos de sua obra por escritores de outros idiomas.
Poeta de lo numinoso, como gostava de definir-se, Gonzalo Rojas nasceu no dia 20 de dezembro de 1917, em Lebu, região carbonária e madereira situada no sul do Chile. Filho de Celia Pizarro e do mineiro, Juan Antonio Rojas, falecido quando Rojas tinha apenas quatro anos de idade. O avô paterno do poeta era Don Jacinto Rojas Iglesias, ainda aparentado próximo da mãe da poeta Gabriela Mistral.
Gonzalo Rojas aprendeu a ler e escrever já um pouco tarde, pois aos oito anos de idade ainda não havia sido alfabetizado. Entretanto, ao iniciar os estudos, imediatamente venceu as dificuldades de aprendizagem. Era um menino com problemas de gagueira, introvertido, inquieto e asmático. Quando adulto, considerou que sua poesia contém um exercício de dimensões fisiológicas.
A dimensão fisiológica, a respiração e a necessidade de haurir a vida através da palavra são mencionadas nos estudos de M.ª Ángeles Pérez López (2010) quando a autora afirma ser entrecortado o alento poético de Gonzalo Rojas _ o que se nota na brevidade de seus versos e no insistente emprego “del versículo, especialmente al comienzo de poema” .
Rojas estudou Direito e Literatura no Instituto Pedagógico da Universidade do Chile. Foi ainda professor de Estética Literária e Chefe do Departamento de Castelhano na Universidad de Concepción. Docente na Alemanha, EE. UU e Venezuela.
Os fundamentos de seu fazer literário estão na busca do enigma que esconde a realidade e que, vez por outra fulgura ao resplendor do relâmpago. Desde suas primeiras obras, a exemplo de, La miseria del hombre (1948), Contra la muerte (1964), Oscuro (1977)— até as últimas de sua longa e pausada trayectoria —Las hermosas (1992), Río Turbio (1996), La reniñez (2004)—, sua poética caminha lentamente envolvida no entremeio do diálogo entre a palavra e o silêncio “y son sus signos primordiales el ritmo quebrantado y la pulsión visionaria”.
O poeta, amante da liberdade, fazia parte da geração de 38, da mesma maneira que Nicanor Parra Sandoval, matemático e poeta nascido em San Fabián de Alico, Chile, considerado um dos mais importantes da literatura de língua espanhola.
No ano de 1935 lê Residencia en la tierra, de Neruda, e publica em um jornal de Iquique “su primer poema, La litera de arriba, escrito el año anterior a bordo del barco Fresia” (...) E seu primeiro livro é de 1946, La miseria del hombre, apresentado em um concurso da Sociedad de Escritores de Chile sob o pseudônimo de Heráclito. Mesmo premiado, “no llega la prometida publicación, de modo que el poeta ha de impulsar privadamente su salida a la luz en la Imprenta Roma dos años después, pagando a plazos su coste”. A publicação, ilustrada por Carlos Pedraza, é de 1948.
Ainda muito cedo, Rojas se incorporou ao grupo surrealista da Revista Mandrágora e, cedo também se distanciou para seguir seu caminho. A sua posição era de alheiamento à busca quimérica da originalidade, considerada por ele originalismo.
Todo o percurso poético de Gonzalo Rojas encontra-se eivado e vitalmente assinalado pelo elemento “ar”: “del aire soy, del aire, como todo mortal, / del gran vuelo terrible y estoy aquí de paso a las estrellas…”, são versos de seu poema Mortal.
Gonzalo Rojas ostenta o Prêmio Reina Sofía de Poesía Iberoamericana e o Prêmio Nacional de Literatura, no Chile, em 1992; Prêmio José Hernández (Argentina), 1997; Premio Octavio Paz, do México, em 1998; e Prêmio de Literatura em Língua Castellana Miguel de Cervantes, 2003.
Rojas, de palavra poética de características ligadas à matéria e ritmo peculiar, faz uma invocação Ao silêncio: “Ó, voz, única voz: todo o vazio do mar,/todo o vazio do mar não bastaria,/todo o vazio do céu,/toda a caverna da formosura/não bastaria para te conter,/e mesmo que o homem calasse e este mundo afundasse/ó majestade, tu nunca,/tu nunca deixarias de estar em toda parte,/porque te sobram o tempo e o ser, única voz,/porque estás e não estás, és quase meu Deus, /és como meu pai quando estou mais escuro”.
Esse silêncio imerso para além das profundezas do mar e dos vãos dos cosmos _ e do incompreensível universo de transcendência onde reina o sagrado, o inalcançável. Nessa sua incansável procura da revelação do segredo das coisas, na entrega ao mundo dos espaços entrelinhados por onde transita o silêncio do pleno conhecimento, do tremendo, do sagrado e do fantástico realizariam a vontade do homem de tornar-se um deus.
Essa relação com o chronos-por-dentro e além-do-chronos, esta que se esgueira e escapa aos dedos da poesia é uma tônica em toda a obra de Gonzalo Rojas.
Descobrir a palavra foi o milagre mais importante da vida de Rojas e este fato se encontra relacionado à sua infância quando se tomou de êxtase pelo vocábulo “relámpago como una revelación casi sagrada; con el tiempo, habrá de identificar a la poesía con esa imagen del relámpago y su correspondiente alumbramiento”.
Em 1952, já licenciado em Filologia Clássica, o poeta é aprovado em concurso de Literatura Chilena e Teoria literaria na Universidad de Concepción; dirigiu o Departamento de Espanhol até 1970, quando Allende o nomeou conselheiro de cultura na China. No ano de 1953, em Paris, conhece os poetas surrealistas André Breton y Benjamin Péret. É da autoria de Rojas o poema A la salud de André Breton. Em 1963, apresenta o manuscrito de Contra la muerte al Premio Casa de las Américas. No ano seguinte vai a Cuba e conhece José Lezama Lima, Julio Cortázar, Cintio Vitier, Eliseo Diego e Fina García Marruz.
Dessa forma, seguiu Rojas, toda a sua vida intelectual em contínua e rica atividade sócio-cultural. Sua vasta obra inclui, além da poesia, artigos, notas e ensaios. Respirou a poesia até que chegou a notícia de seu falecimento em 25 de abril de 2011 aos 93 anos de idade.
O poema Victrola vieja atesta este espetáculo de relâmpagos sobre os poemas do chileno que entroniza o sujeito poeta acima da filosofia, tanto por ser a poesia uma linguagem independente e que em si mesma se gera e se expressa, quanto porque, além de palavra, é o próprio ar. O ar dos pulmões que sustentaram o poeta por uma longa e produtiva exisstência.
No confundir las moscas con las estrellas:
oh la vieja victrola de los sofistas.
Maten, maten poetas para estudiarlos.
Coman, sigan comiendo bibliografía.
(...)
No hay proceso que valga, ni teoría,
para parar el tiempo que nos arrasa.
Vuela y vuela el planeta, ¿y el muerto?: inmóvil,
¡y únicamente el viento de la Palabra!
(...)
Ése que tiene el récord y anda que te anda
descubriendo el principio de los principios.
El alfabeto mismo le queda corto
para decir lo mismo que estaba dicho.
(...)
Dele con los estratos y la estructura
cuando el mar se demuestra pero nadando.
Siempre vendrán de vuelta sin haber ido
nunca a ninguna parte los doctorados.
Y eso que vuelan gratis: tanto prestigio,
tanto arrogante junto, tanto congreso.
Revistas y revistas y majestades
cuando los eruditos ponen un huevo.
(...)
Paren, paren la música de esta prosa:
vieja la vieja trampa de los sofistas.
A los enmascarados y enmascarantes
este cauterio rojo de poesía.
Cria-se no poema em questão um clima de desesperada procura da luz que ilumina a realidade do universo onde habita o poeta e onde ele mostra a inutilidade de tudo o mais que existe de honra, glória e ciência nesse mistério tremendo e sempre jovem que fascina _ a poesia.
Rojas, amante declarado e extasiado pela palavra, usa para referir-se a ela o elemento que o cativou: o ar. No poema abaixo a sua respiração e motivo imperioso de sua vida:
La Palabra
Un aire, un aire, un aire,
un aire,
un aire nuevo:
no para respirarlo
sino para vivirlo.
A palavra poética é sua primeira mulher e amante, mas outros dois grandes amores, duas musas pontuaram a vida de Gonzalo Rojas, a primeira mulher, María Mackenzie; e a segunda, Hilda. Sua vivência amorosa traçou o retrato de uma mulher universal, a que coloca frente ao espelho para que ela mesma observe sua natural beleza e frivolidade, seu mistério e a insondabilidade do mar, como acontece em Retrato de mujer:
Siempre estará la noche, mujer, para mirarte cara a cara,
sola en tu espejo, libre de marido, desnuda
en la exacta y terrible realidad del gran vértigo
que te destruye. Siempre vas a tener tu noche y tu cuchillo,
y el frívolo teléfono para escuchar mi adiós de un solo tajo.
Te juré no escribirte. Por eso estoy llamándote en el aire
para decirte nada, como dice el vacío: nada, nada,
sino lo mismo y siempre lo mismo de lo mismo
que nunca me oyes, eso que no me entiendes nunca,
aunque las venas te arden de eso que estoy diciendo.
Ponte el vestido rojo que le viene a tu boca y a tu sangre,
y quémame en el último cigarrillo del miedo
al gran amor, y vete descalza por el aire que viniste
con la herida visible de tu belleza. Lástima
de la que llora y llora en la tormenta.
No te me mueras. Voy a pintarte tu rostro en un relámpago
tal como eres: dos ojos para ver lo visible y lo invisible,
una nariz arcángel y una boca animal, y una sonrisa
que me perdona, y algo sagrado y sin edad que vuela de tu frente,
mujer, y me estremece, porque tu rostro es rostro del Espíritu.
Vienes y vas, y adoras al mar que te arrebata con su espuma,
y te quedas inmóvil, oyendo que te llamo en el abismo
de la noche, y me besas lo mismo que una ola.
Enigma fuiste. Enigma serás. No volarás
conmigo. Aquí, mujer, te dejo tu figura.
Para Diego Diego Valverde Villena (2010) Gonzalo Rojas, é
(...) el inventor de palabras; el que estira los vocablos y los retuerce y los muda, y les insufla el aliento para darles vida. El que ama a las mujeres desde la punta del pie hasta la punta del cabello. El que las mira, las toca y las besa, y las signa con una palabra en la frente para hacerlas inmunes a la muerte, encantadas.
(...) Gonzalo Rojas: personaje, teólogo, loco, bronce, aullido de bronce. De la estirpe de Quevedo, sobrino de Vallejo, ahijado de Celan. Sangre de poeta, él, hasta la última gota.
Era um poeta pleno de entusiasmo, na melhor e mais ampla significação da palavra, assim como buscou explicitá-la Francisca Noguerol (2010), junto ao Diccionario de la Real Academia,
entusiasmo (del griego ἐνθουσιασμός o, lo que es lo mismo, «el dios dentro de sí»), como «inspiración divina de los profetas» y, en otra de sus acepciones, «inspiración fogosa y arrebatada del escritor o del artista, y especialmente del poeta o del orador». Si tuviera que resumir con una palabra la creación esdrújula y plural de Gonzalo Rojas sería sin duda ésta, estrechamente vinculada con la idea de lo numinoso y recurrente en su obra.
Em Carta del suicida (1940) novamente o poeta faz seu juramento e impõe aos seus versos a mulher, carne de sua própria carne; fatal por natureza, ligeira como uma bala, sensual em seu beijo de morte e volúpia:
Juro que esta mujer me ha partido los sesos,
porque ella sale y entra como una bala loca,
y abre mis parietales, y nunca cicatriza,
así sople el verano o el invierno,
así viva feliz sentado sobre el triunfo
y el estómago lleno, como un cóndor saciado,
así padezca el látigo del hambre, así me acueste
o me levante, y me hunda de cabeza en el día
como una piedra bajo la corriente cambiante,
así toque mi cítara para engañarme, así
se abra una puerta y entren diez mujeres desnudas,
marcadas sus espaldas con mi letra, y se arrojen
unas sobre otras hasta consumirse,
juro que ella perdura, porque ella sale y entra
como una bala loca,
me sigue adonde voy y me sirve de hada,
me besa con lujuria
tratando de escaparse de la muerte,
y, cuando caigo al sueño, se hospeda en mi columna
vertebral, y me grita pidiéndome socorro,
me arrebata a los cielos, como un cóndor sin madre
empollado en la muerte.
Para M.ª Teresa González de Garay é difícil dizer algo original sobre a poesia de Gonzalo Rojas, mas como numa espécie de vaticínio, aludindo ao poema Éxtasis del zapato, inclui a estudiosa que ele “siempre residirá en la memoria y en las imágenes de aquella Calle Mayor de la poesía. Y su zapato, evocado en tinta roja, armonizará con los dulces frutos del cerezo de nuestra imaginación. Laus Deo”.
Gonzalo Rojas é um poeta da maior importância para a literatura de língua espanhola e, inclusive, para a literatura universal. Tratou o presente artigo de visitar a obra literária de um homem de larga experiência e de movimentada vida intelectual, havendo marcado todos os lugares por onde passou e atuou, tanto como um produtor de literatura quanto pelos espaços de destaque que ocupou em vários países.
Estamos totalmente de acordo com os estudiosos que disseram ser quase uma missão impossível falar do poeta chileno com originalidade. Muito já foi dito e tanto ainda o será, pois uma obra é inesgotável e eterna em diversas leituras e releituras.
Não é, entretanto, a perspectiva de não se conseguir expressar algo original sobre a vida e a obra de Gonzalo Rojas que impedirá estudiosos de buscar acender algumas tochas na direção de tudo aquilo que produziu o poeta de lo numinoso.
Uma obra precisa de muita atenção e de ser visitada e revisitada com a mesma ânsia que tinha Rojas pelo Mysterium, pelo Tremendum e pelo Fascinans. Estas são as pedras que fundam a catedral da poesia. Por sua linguagem específica e inexplicável, a poesia desafia o tempo, vestida em seus inúmeros vestidos que vão da guerra ao amor; do riso ao deboche; da paixão ao ódio.
A atração que exerce a palavra e suas possibilidades de sentidos e de significados é a força que anima os poetas por todo o tempo e lugares. Um poeta se sente poeta independentemente que alguém o avise sobre sua condição de excelsitude e que faz a leitura de possíveis mundos transcendentes, mas não totalmente desvinculados do real.
Realidade e imaginação são companheiras da poesia e ajudam a tecer os versos dos poemas que leitores e estudiosos tentam de qualquer maneira desvendar os segredos. O que o poeta quer dizer? Nem ele próprio sabe. Daí essa inquietação presente na poética de Rojas, cuja respiração conduz a própria inspiração.
A mulher, o amor, a morte e os segredos, mistérios, fenômenos universais estão flutuando na poesia gonzaliana. A sensação do Tremendum invisível é o que fascinou o poeta chileno.
O que há de grandioso pelo Universo que toca a pele do eu poético e nele se manifesta em composições formais ou informais? Só outro poeta saberia dizer que não há como ajustar as lentes de tal maneira a ver com nitidez e objetividade o que povoa esse mundo estranho da poesia.
A poesia existe mesmo que não seja dita ou colocada no papel. A poesia é também algo físico e que se manifesta na expressão facial, nas mãos, na respiração e no olhar dos poetas. Alguém consegue desistir de escrever romances ou outros tipos de textos. O poeta, porém, dificilmente conseguirá desvencilhar-se de seu estado permanente e imanente de poesia. Ela o atormentará nos poros da alma, da mente e do espírito, vá ou não descansar numa folha de um livro.
Ler poemas de Rojas é ajudá-lo a respirar. A poesia foi o ar que o manteve vivo e atuante, até quando o tomou pela mão e o levou para aquele espaço entre a palavra e o silêncio por ele pressentido.
REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS
http://cvc.cervantes.es/literatura/escritores/rojas/presentacion.htm
http://cvc.cervantes.es/literatura/escritores/rojas/default.htm
http://cvc.cervantes.es/literatura/escritores/rojas/cronologia/viaje.htm
http://cvc.cervantes.es/literatura/escritores/rojas/cronologia/reninez.htm
http://cvc.cervantes.es/literatura/escritores/rojas/antologia/palabra.htm
http://cvc.cervantes.es/literatura/escritores/rojas/antologia/victrola.htm
http://cvc.cervantes.es/literatura/escritores/rojas/antologia/retrato_mujer.htm
http://cvc.cervantes.es/literatura/escritores/rojas/antologia/suicida.htm
http://cvc.cervantes.es/literatura/escritores/rojas/bibliografia/default.htm
http://www.razonypalabra.org.mx/anteriores/n15/oflores15.html
http://www.pucpr.edu/facultad/emiranda/filosofia312/lecturas/LO%20NUMINOSO.pdf
http://www.antoniomiranda.com.br/iberoamerica/chile/gonzalo_rojas.html#topo
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2011/04/25/chile-chora-morte-do-poeta-gonzalo-rojas.jhtm
http://cvc.cervantes.es/literatura/escritores/rojas/acerca/dominguez.htm
http://cvc.cervantes.es/literatura/escritores/rojas/acerca/gonzalez.htm
http://cvc.cervantes.es/literatura/escritores/rojas/acerca/noguerol.htm
http://cvc.cervantes.es/literatura/escritores/rojas/acerca/perez_lopez.htm
http://cvc.cervantes.es/literatura/escritores/rojas/acerca/barrera.htm
*Todas as referências foram acessadas em maio de 2011