RETROSPECTIVA
28.08.2005.
“No passado cometi o maior pecado que um homem pode cometer: não fui feliz.” (Jorge Luiz Borges).
Em momentos retrospectivos, em alguns de ocorrências mais ocasionais que os réveillons, olhamos para trás e perguntamos: o que fiz de minha ou na minha vida? Quase sempre nos norteia aquela resposta lugar-comum: “só me arrependendo daquilo que não fiz.” A frase da conformação ante as frustrações e erros!
Eis um terreno de minas explosivas, difícil discorrer sobre esse tema; é muito pessoal e particular a cada um e, em questão: o que seria felicidade? Acredito que felicidade seja algo tão pessoal quanto é nossa escova de dentes, por isso definir felicidade de maneira conceitual vem a ser uma difícil tarefa. Aquilo que me proporciona felicidade não proporciona obrigatoriamente felicidade à outra pessoa. Somos seres únicos e nunca repetidos em toda história humana; somos como as ondas do mar: nunca quebram iguais. Até mesmo nos mais fechados e isolados grupos étnicos, cada qual tem seu conceito próprio sobre felicidade. Quem poderia nos garantir que todos os nativos do Alasca em seus iglus ultra-modernos hoje ou ainda nos arcaicos iglus da Sibéria são felizes em seu modo de vida social tão único e organizado? Não pode haver naquele meio um esquimó que sonha em um dia sair dali e ir morar na África, por exemplo?
Um outro ponto: para alguns a felicidade pode ser algo contínuo, para outros, momentos; enfim, considero difícil defini-la. Tenho minha própria definição do que é felicidade, mas ela é apenas minha, não caberia a ninguém em sua totalidade, pois somos seres irrepetidos, únicos; não nos repetimos totalmente em ninguém, nem os gêmeos univitelinos são iguais em seus pareceres e pensares. Existe um “conceito” universalizado de felicidade que é: paz, harmonia, saúde, segurança, amor correspondido, realização profissional e etc., porém tudo muito subjetivo. Minha realização pessoal pode ser vir a ser algo completamente oposto a de um estudante de física nuclear.
Numa retrospectiva, que nada mais é que um martírio, rever bons momentos que se foram e, outrossim, amargar lembranças de maus pedaços que nos causam mal estar. Resta-me, pois fazê-la de uma só vez e concluir logo aquilo que posso tirar de proveito e aprendizado em minha presente e futura maturação. O passado só tem essa serventia: reavaliar conceitos, detectar as falhas e num futuro próximo poder cometer novos e diferentes erros!
Interessante também será observarmos os erros alheios, já que em nossa existência terrena não nos será possível cometer todos os erros cabíveis a um ser humano e assim aprender com os dissabores alheios que não estamos tão mal colocados assim.
Quando circunspectos e /ou desatentos, nos descobrimos felizes à beira de um gélido lago numa pequena cidade que vive do plantio de maça numa nublada manhã de junho... em Fraiburgo – Santa Catarina.
28.08.2005.
“No passado cometi o maior pecado que um homem pode cometer: não fui feliz.” (Jorge Luiz Borges).
Em momentos retrospectivos, em alguns de ocorrências mais ocasionais que os réveillons, olhamos para trás e perguntamos: o que fiz de minha ou na minha vida? Quase sempre nos norteia aquela resposta lugar-comum: “só me arrependendo daquilo que não fiz.” A frase da conformação ante as frustrações e erros!
Eis um terreno de minas explosivas, difícil discorrer sobre esse tema; é muito pessoal e particular a cada um e, em questão: o que seria felicidade? Acredito que felicidade seja algo tão pessoal quanto é nossa escova de dentes, por isso definir felicidade de maneira conceitual vem a ser uma difícil tarefa. Aquilo que me proporciona felicidade não proporciona obrigatoriamente felicidade à outra pessoa. Somos seres únicos e nunca repetidos em toda história humana; somos como as ondas do mar: nunca quebram iguais. Até mesmo nos mais fechados e isolados grupos étnicos, cada qual tem seu conceito próprio sobre felicidade. Quem poderia nos garantir que todos os nativos do Alasca em seus iglus ultra-modernos hoje ou ainda nos arcaicos iglus da Sibéria são felizes em seu modo de vida social tão único e organizado? Não pode haver naquele meio um esquimó que sonha em um dia sair dali e ir morar na África, por exemplo?
Um outro ponto: para alguns a felicidade pode ser algo contínuo, para outros, momentos; enfim, considero difícil defini-la. Tenho minha própria definição do que é felicidade, mas ela é apenas minha, não caberia a ninguém em sua totalidade, pois somos seres irrepetidos, únicos; não nos repetimos totalmente em ninguém, nem os gêmeos univitelinos são iguais em seus pareceres e pensares. Existe um “conceito” universalizado de felicidade que é: paz, harmonia, saúde, segurança, amor correspondido, realização profissional e etc., porém tudo muito subjetivo. Minha realização pessoal pode ser vir a ser algo completamente oposto a de um estudante de física nuclear.
Numa retrospectiva, que nada mais é que um martírio, rever bons momentos que se foram e, outrossim, amargar lembranças de maus pedaços que nos causam mal estar. Resta-me, pois fazê-la de uma só vez e concluir logo aquilo que posso tirar de proveito e aprendizado em minha presente e futura maturação. O passado só tem essa serventia: reavaliar conceitos, detectar as falhas e num futuro próximo poder cometer novos e diferentes erros!
Interessante também será observarmos os erros alheios, já que em nossa existência terrena não nos será possível cometer todos os erros cabíveis a um ser humano e assim aprender com os dissabores alheios que não estamos tão mal colocados assim.
Quando circunspectos e /ou desatentos, nos descobrimos felizes à beira de um gélido lago numa pequena cidade que vive do plantio de maça numa nublada manhã de junho... em Fraiburgo – Santa Catarina.