onde andarás?
será que fugiste
na garupa de um baio?
a galopar por entre as pradarias,
a cruzar capoeiras, verdes vales???
onde andarás?
será que pegaste carona nas asas de uma libélula
passeia entre as nuvens, permeias os girassóis???
onde andarás?
será anda que na cantiga triste de uma indiazinha
a encantar a lua?
entre a nudez de um enamorado par?
onde andas, ó inspiração?
sem ti ficam sombrios e insípidos os versos meus!!!
onde quer que andares
traga o frescor do jasmim do cabo
a doçura de uma refrescante garapa
ou quiçá, a leveza de nuvem em flor
sobre tua cútis tatuada...