RECONSIDERAÇÕES
21.09.2006.Não que eu pretenda atacar o funcionamento; algo do “perfeito funcionar” eu mesmo teria inventado se já não existisse, como por exemplo: a punição aos políticos corruptos e a outros criminosos que roubam, assassinam, invadem, sequestram e etc.
Que me perdoem, porém alguns estados norte-americanos, em especial; não ousaria a punição de criminosos cometendo a pena de morte, ou seja, um erro por outro, e quantificando, se é que se pode quantificar, como o crime mais bárbaro de todos que considero: o assassinato.
Acredito na recuperação dos “irrecuperáveis”, na mudança de atitudes, no aprendizado; acredito em mudanças radicais, na recuperação do mundo, mesmo que não ocorra, mesmo que vá de mal a pior, mesmo que as estatísticas apontem altas reincidências.
O OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE de Moisés já está ultrapassado para a sociedade moderna; não me identifico com a tirania e não compreendo esse tipo de “justiça”.
É apenas um aparte, talvez em meu livro ENSAIOS E AFORISMOS eu torne a tocar em tal assunto mais profundamente. Onde quero chegar agora é: mesmo sendo livres meus pensamentos e pareceres, procuro manter-me lúcido o bastante para nunca concordar com atrocidades que a arbitrariedade humana é capaz de praticar; suficientemente lúcido para nunca roubar de ninguém, nem coisas muito menos o que há de mais precioso: a vida; vida essa única, frágil e curta.
Parece até contraditório DIREITOS e DEVERES quando antes se falava em arbitrariedades no raciocinar, porém não percebo nada contradito nesse confabular. Toda minha “liberdade” me “obriga” ser ao menos amante da mesma. Continuar livre, livre de punições, livre para ir e vir em conformidade com as leis que regem o sistema social.
Ficam tais RECONSIDERAÇÕES no intuito de alertar meus possíveis três leitores de que minha utópica sociedade realmente livre, pensa por si, ataca, defende, até agride, porém não oprime, não piora, não invade os direitos alheios com a finalidade de manter-me continuadamente livre; nada que prive tal suposta liberdade (algo que também não existe: liberdade!).
Minha utópica sociedade é justa e não quer empanturrar ninguém com novidades diferentes das velhas novidades com as quais o mundo já se habituou.
(cabe-me incluir que na ocasião desse texto ainda não havia lido UTOPIA de Thomas More nem A REPÚBLICA de Platão.)