Evoluir é um ato solitário.
E a ironia de tudo isto, é que continuas com muitas pessoas ao redor. Todavia, tua transformação intensa e rápida constitui um abismo que te separa dos outros.
Um abismo invisível, impalpável e dolorido.
Sabes muito e não tens com quem dividir. Entendes tudo, e lutas para ser entendido.
André Luiz no livro Nosso Lar, após abandonar ilusões inúteis, afirmou-se como cálice vazio.
Porque ele não sabia o que colocar no lugar do lixo mental.
Ficou vazio.
O mentor disse que era assim mesmo, agora ele precisava de tempo para colocar novos e bons aprendizados no lugar.
Lá na cidade Nosso Lar deve ser mais fácil, porque aqui, no meio da loucura que é a vida moderna, inversão de valores, violência e tudo o mais, fica bem difícil.
É muito chato o confronto intimo diário, só porque não se sabe mais colocar a culpa nos outros, no tempo, nos contratempos...
Evoluir é um ato solitário e irreversível.
Sobra uma tristeza pelo que se foi e pelo que se espera ser...
A conquista de novas alegrias é lenta, enquanto a solidão é urgente!
Melhor esquecer tudo e viver o hoje, porque amanhã literalmente é futuro, e tudo poderá ser diferente.
Ou não?