Reprogramando
Era mais um dia, como outro qualquer, na terra dos robôs. Todos seguiam as ordens do computador central. Acordavam, tomavam banho, se vestiam, e iam trabalhar nas minas de carvão. Gastavam metade de seus dias naquilo, e não olhavam para os lados. A outra metade era ocupada com outra atividade que o computador central permitisse. Suas programações simplesmente não permitiam que fugissem daquilo, eles não conseguiam enxergar outro caminho.
Mas e se houvesse uma pane no sistema? Talvez, um dos robôs conseguisse mudar sua programação, e assim, ele perceberia que tem uma capacidade muito maior do que a que pensa ter. Ele iria analisar, cautelosamente, tudo aquilo que impuserem a ele, e aceitará apenas o que lhe convir. Mas ele teria a capacidade de alertar seus colegas sobre a prisão invisível em que vivem? Provavelmente os outros robôs não conseguirão ver as coisas da mesma forma que o liberto e o tratarão como um louco, ele viverá a margem da sociedade.
Estará ele feliz com isso? Resta a ele refletir se a liberdade trás, de fato, a felicidade a ele, pois ele estará sozinho até que consiga libertar outros robôs. Ou morra tentando.