ENERGIA

É impossível pensar no Universo que conhecemos e no desconhecido por nós, aquele muito além das fronteiras da galáxia que habitamos, a Via Láctea, sem a existência de uma “Energia” como mola propulsora da vida em si, ainda que manifestada sob parâmetros diferentes dos existentes no nosso planeta.

Em todas as transformações dessa energia existe a completa metamorfose dela, isto é, a energia não pode ser criada, mas apenas transformada. E essa transformação está diretamente ligada, de modo intrínseco, à lei da ação e da retração.

Por analogia, a ação tem correspondência com os fatores positivos; já a retração com os negativos, porque tudo que tem como princípio o caráter da evolução se abre, enquanto o caráter da involução dos processos se manifesta pelo fechamento das possibilidades, justamente o oposto.

No que se refere a nós, humanos, com a capacidade de raciocínio em distinção aos outros animais, vegetais e minerais, que embora tenham estágio de vida também, somos os únicos que temos a possibilidade de dotação de consciência e conseqüente verbalização de uma linguagem minimamente inteligível.

Tudo no mundo gira em torno das diferentes formas de energia, e entre as tantas manifestadas sob as mais distintas maneiras, existe uma que é a que possibilita a formação dessa consciência, atrelada que está à possibilidade do conhecimento científico sistemático, meramente racional, que por sua vez está profundamente relacionada com a formação dos pensamentos, e estes, manifestados em função dos sentimentos.

Os sentimentos nocivos, funestos, que por ventura nos governem são decorrentes da formação dos maus pensamentos, e aqui entra a importância do meio em que fomos criados e a característica genética herdada. Assim sendo se os pensamentos forem derivados de preconceitos, de medos, de processos de culpa, de vergonha, de rejeição, de atrelamento a dogmas teológicos (todos vão contra o princípio basilar da evolução natural das coisas, pois nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, sendo então a tradição a ilusão da permanência), o indivíduo tem então uma consciência perturbada e conturbada, dissociado daquilo que seria a tônica máxima da vida, ou seja, a ação em contrariedade à retração, pois a primeira visa à abertura da própria consciência em que estão excluídos os preconceitos de quaisquer natureza, sobretudo se levarmos em conta a heterogeneidade de culturas e valores formadores dos diferentes grupos humanos; já a segunda visa ao extermínio da liberdade de pensamento, de ser e estar, dando ênfase ao etnocentrismo, que busca a homogeneização de valores, o que é impraticável e inaceitável numa sociedade multifacetada como a humana.

Dê-se o nome que se quiser dar, Deus, Alá, Jeová, Ser Supremo, Arquiteto do Universo, mas o fato é que essa Energia está presente como fator de sublimação da própria vida, e a correlação entre ela e o pensamento e em decorrência com o próprio sentimento que emana de si mesma, é a fonte geradora de todos os atos bons e iníquos que vêm sendo mostrados no decorrer de nossa história, desde que começamos a pensar e refletir o estado das coisas. Enfim, tudo é energia pura, seja no seu estado mais bruto ou refinado, e é impossível que não seja assim.

DJALMA

Em: 22-AGO-2007

Djalma
Enviado por Djalma em 17/04/2011
Código do texto: T2913645
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