MONOLOGO DO EU
Monologo do Eu
As nossas desigualdades são a soma das diferenças que se acentuam e colidem com os nossos ideais de vida, a cada ato, palavra proferida ou ação que contradiga o que nos propomos a ser no âmbito da convivência social, de amizade ou mesmo relação de homem e mulher.
Desagrada-nos sobremaneira, quando somos atingidos pela inefável falta de afeto, de respeito ou mesmo de proximidade e encantamento que tivemos um pelo outro que faz um torpor pelo furor da nossa transparência, porque não podemos menir a nos mesmos, partindo da premissa que somos e não representamos o que o outro gostaria que fossemos.
Dessa forma, forçamos a nossa natureza, vilipendiamos os nossos sentimentos e desaguamos nos mares da incerteza em busca da nau salvadora ou da fada das aguas que se nos transforme em pessoas mais parecida com as nossas parcerias, como forma de renascer um relacionamento que há tempos não se mantém de pé.
Qual seria a terapia evolutiva que se nos transforme para melhor ou pior ante a solidez que flui de sentimentos nem sempre tão puros? Que atitude tomar se queremos ser livres ao mesmo tempo em que gostamos de estar preso a alguém, mesmo esse ser que é tão diferente de nos?
A Solidão seria as forças motivadoras de tantos egos feridos e de supostas conciliações cinematográficas que logo retornam ao ponto inicial de nossas realidades jogadas com fúria pelas diferenças existentes ou simplesmente porque somos diferentes e apenas nos associamos com o intuito de frustrar a questão de não querer ficar só?