49. BEM-COMUM


Ao se perquirir sobre o BEM-COMUM, 5 noções básicas devem ser aprofundadas, como instrumental indispensável para a sua compreensão: são as noções de Finalidade, de Bondade, de Participação, de Comunidade e de ordem... A conjugação desses conceitos fundamentais é que se extrairá a noção do BEM-COMUM...
O Sistema Ecomunitarista tem a Finalidade de construir um mundo novo mais justo e mais salutar, tem a Bondade de disseminar a caridade entre todos os povos das nações, tem a Participação de todos os cidadãos na construção do Bem, tem a Comunidade como a Ecomunidade organizada, com todas as Ecomunidades politicamente politizadas e tem uma só Ordem extrínseca que se destina a alcançar o sábio BEM-COMUM...
A arte que se propõe a criar as condições de se aplicar o tão necessário BEM-COMUM é a política... Tem podido esta maravilhosa arte promover o BEM-COMUM? Não! E não tem sido possível esta prática, porque todos os homens que a têm representado enveredam-se para a politicagem – que visa os interesses individuais escusos... E sempre tem sido assim...
No Ecomunitarismo, a sublime Democracia-Direta (com a execução dos direitos e deveres dos cidadãos feitos pelas mãos limpas do povo) praticará e exercerá a arte da política... E, possivelmente, os Ecomunitaristas poderão se orgulhar da imensidão do solidarismo a se espalhar no mundo inteiro...
Com o extermínio dos politiqueiros carreiristas, só irão surgir os novos políticos imbuídos da vontade de servir às organizações de todas as Ecomunidades do Brasil...
Pode parecer uma utopia o povo a comandar a si mesmo na prática; mas nada me impede de pensar que seja lógica a pretensão de um povo politizado ordenar a si próprio... Estas idéias esdrúxulas que nos dizem: “vocês são incapazes de se organizar politicamente; pois não são politizados!”... Os que desejam nos ver incapacitados são os vis poderosos da classe dominante, querendo a perpetuação dos poderes intrínsecos aos seus egocentrismos lucíferos... Mas vamos reciclar...
A disseminação do BEM-COMUM só pode ser sempre compartilhada por um povo, quando o mesmo estiver no exercício da sua soberania política; sem a intervenção da economia e da religião no Estado... No Ecomunitarismo, o Estado é o povo no controle do poder político, dando ordens e executando as políticas Ecomunitárias solidarizadas...
Não há relação entre o BEM-COMUM e uma classe que pretenda oprimir as demais; pois a maioria tem que governar a minoria: e têm sido o contrário, ocasionado sistemas muito injustos e impróprios ao exercício da cívica cidadania...
Muitos dos filósofos e dos pensadores da humanidade já pensaram pensamentos políticos semelhantes aos meus; mas em nenhum momento da humanidade, tivemos um condutor de idealizações democráticas no olor do Ecomunitarismo... E as idéias evolucionistas procedem dos níveis teóricos, onde o espírito, através das encarnações, aperfeiçoa-se à prática dos convívios sociais, que nos encaminham ao BEM-COMUM...

FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 08/04/2011
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