35. AUTODIDATISMO


Sou um autodidata em tudo que me proponho ser nas minhas atividades profissionais: os meus estudos acadêmicos (em três faculdades) foram incompletos; mas me deram uma supervisão geral das minhas inclinações vocacionais...
As minhas atividades profissionais, muito variadas, eu posso afirmar que são inatas; e o Espiritismo não me deixa mentir, quando aborda as questões transcendentais... Tenho sido o meu próprio mestre em tudo o que faço, porque eu possuo a percepção das minhas inclinações vocacionais; e as tenho pesquisado e exercitado na medida do possível...
O meu autodidatismo é um dom mediúnico, onde eu encontro subsídios para me ser todo profissionalmente: é na prática dos meus dons vocacionais, independo de teorias, que eu adquiro a performance idealizada; sendo um bom artista... Se eu devo incentivar o nosso autodidatismo; é preciso que entendam da necessidade de sermos autodidatas por vocação psíquica excepcional: não basta querer ser um autodidata; mas deve se ativer à predisposição inata ao empreendimento intelectual...
No Sistema Ecomunitarista, os ilustrados autodidatas serão subsidiados em suas múltiplas pesquisas pelo Estado Ecomunitário Federativo, garantindo a eles o direito de se expressar livremente, independente de censura ou licença, comungando com os nossos direitos individuais e coletivos constitucionais, ainda que se obscureçam os academicismos...
Em se tratando de acadêmicos, eu tenho experiência comprovada, através dos meus estudos universitários, que a grande maioria dos universitários visam apenas o diploma; deixando de lado o estudo acadêmico aprofundado... A posse de um diploma universitário é tão desejada, que o estudo passa a ser um fator secundário: depois de formado, eu tenho todo o tempo do mundo para estudar: será? Mas este é um problema educacional que só encontrará a sua solução com uma mudança expressiva no nosso modelo educacional...
Sendo a Educação muito faltosa nos seus propósitos, temos que admitir ser aumentativa a incidência de casos de autodidatismo, a se transpor espelho nas artes, nas ciências e nas comunicações... A substância dos autodidatas é a sua necessidade de absorver conhecimentos habilidosos, com mais êxito, planejando as suas habilitações, através dos vários exercícios cotidianos que lhe são oferecidos às luzes...
Não estou aqui a desejar um vil confronto de possíveis habilidades entre acadêmicos e autodidatas: encontram-se, em milhares, ótimos acadêmicos e ótimos autodidatas... Eu apenas quero valorizar os autodidatas; que são discriminados por não serem acadêmicos... Não vejo vantagens aos futuros acadêmicos às suas futuras profissões, enquanto que os milhares de profissionais autodidatas estão se posicionando diante do mundo como pessoas competentes e sábias...
Quem precisa de um mestre para estudar, que o tenha diariamente em sua vida; pois é tamanha esta precisão – mas aos indivíduos superdotados, que se aliam facilmente aos conhecimentos adquiridos por conta própria, devo dizer que sou favorável ao exercício do autodidatismo... Com mestre, ou sem mestre, a recompensa só vem através dos esforços no ato de estudar intenso... É a paixão pelos estudos que vai fazer a composição dos perfis humanos; contando, é óbvio, com o grau de inteligência de cada um... É bom que eu diga que um gênio não é formado em universidade alguma: para entender a genialidade humana, nós precisamos estudar a ciência e filosofia do nosso imortal e ilustrado Espiritismo...










FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 05/04/2011
Código do texto: T2891563