Jean Poul Sartre nos achou?...
Certa vez estava eu diante de duas mulheres que discutiam entre si sobre o que era a verdadeira felicidade! Para uma seria estudar, se formar, arranjar um emprego com estabilidade, se casar e ter filhos. Não falou em nenhum momento que um dia tudo isso acabaria quando a sua morte biológica chegasse! A segunda mulher falava que era viver intensamente com as diferentes formas de aproveitar a vida. Falava também que sem cultura não conseguiria compreender profundamente a sua existência e a existência de todas as coisas no mundo dos homens! E também não comentou sobre a morte. Finalmente terminaram a conversa sem achar quase nenhuma semelhança no que pensavam. Na verdade, se olharmos com mais atenção, as duas estavam buscando uma referência para as suas vidas: a felicidade! Não mudaram em nenhum ponto o que pensavam.
O que seria da felicidade se não fosse o âmago humano para idealizá-la? Existe uma felicidade real e total? Modelos gerais de felicidade? Fórmula? Se a felicidade é tão importante para nós, então o que devemos fazer a não ser buscá-la! O que se poderia pensar é uma nova proposta para a “felicidade” que tanto almejamos para as nossas vidas. Teremos que idealizar a estrutura que nos favorecerá para a sua realização. O que se deve também pensar é que sempre haverá novas propostas para o “caminho da felicidade!” As mudanças que sempre estamos sofrendo, nos informam que somos verdadeiros mutantes! O que temos que acreditar é que todas as formas de mudanças que sofremos pelo tempo é a nossa real existência construindo a nossa essência. Ninguém nasce para determinada função, mas, nasce para construir a sua “função”, constantemente, componente por componente, sem muitas vezes saber que a sua função foi construída pela a sua existência precedendo a sua essência! Se a mulher, que acha que casar é a felicidade encontrada, não importando com a outra mulher, ambas têm em comum “a busca da felicidade”. Torna-se mais fácil é colocarmos em evidência muitos conceitos que rege as nossas vidas, que muitas vezes nos coloca como “determinados” para isto ou aquilo! Uma espécie de “Tratado Oficial Pré-estabelecido”. Isto vem justificar que o pensamento humano é o senhor do real destino e felicidade. Que não basta sonhar, mas seguir uma “linha de montagem para a felicidade”. É necessário acordar e sentir que a vida é uma trajetória de fatos que construímos pelo tempo em nossas vidas. Somos os verdadeiros responsáveis por tudo que acontece conosco e com quem está em nossa volta. Se os sonhos que temos para as nossas vidas não forem fielmente perseguidos, e se deixarmos para uma outra “essência”, talvez não conseguiremos chegar a nenhum lugar que possamos chamar de “sonhos!”