A falta do hábito de leitura dos jovens


É bastante visível no meio em que vivemos uma sociedade ainda jovem culturalmente, mas que conserva ainda os traços dos antepassados, não valorizando a prática da leitura como instrumento de crescimento pessoal e/ou até profissional. Embora, a tecnologia digital tenha chegado tão rápida aos diversos lares de classes sociais distintas, observa-se que os jovens não são capazes de absorver tais informações que lhe serão úteis no contexto em que vivem socialmente, que é a prática da leitura diária.
Os contatos são na maioria das vezes automatizados pelos teclados dos computadores via redes sociais de comunicação, onde não são cobradas e ou exigidas regras de português e de leitura, são na verdade, conjuntos de gírias próprias e linguajares estereotipados, que mesmo não sabendo realmente o que isso significa, viajam em seus devaneios de adolescentes e jovens.
A falta desse hábito de leitura dos jovens também compromete até nas relações familiares de toda a natureza social e cultural da juventude. Faz-se necessária a revisão dos conceitos e o aprimoramento constante dos trabalhos metodológicos aplicados em salas de aula, quer seja com carga horária específica de “prática da leitura”.
Pois, o que se percebe infelizmente é uma grande quantidade de pessoas semi-analfabetas, sabem apenas o básico como escrever o seu nome, decorarem fórmulas matemáticas, químicas, físicas e algumas regras da língua portuguesa, e, fracamente uma leitura. O essencial que é a “interpretação” dos textos e a multidisciplinaridade é uma catástrofe observada desde o ensino Fundamental, passando-se pelo universitário, e algumas vezes perdurando até a formação acadêmica.
O Ensino precisa ser revisto como um todo, não apenas nas áreas pontuais mais evidentes, mas na base, na formação inicial dos cidadãos. Não se verifica nenhum avanço cultural pelo fato da “Revisão Ortográfica”, pode sim unificar regras, suprimir acentuação gráfica, etc, etc, mas crescimento intelectual mesmo, nada. Continua-se mudando de séries, graus e especializações as mais diversas e tantos cidadãos, continuam preservando a ignorância de um sistema educacional retrógrado, que preocupa-se mais com a estética da escrita, que é importante sem dúvida, mas que precisa ser entendida e vivenciada por todos.
Clama-se, reclama-se constantemente, é necessário um Ensino de qualidade que informe e permita ao cidadão que transforme a sociedade em que vive, age, interpreta e interage. Não basta apenas se formar, é importantíssimo interpretar os fatos. Conclui que a falta de hábito de leitura dos jovens, não pode recair somente sobre esses, que são de certo modo, vítimas facilmente aceitáveis de um conjunto metodológico carente de renovação profunda.




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Marcos de Souza Muniz - 18/11/2010



POETA NUNES DE SOUZA
Enviado por POETA NUNES DE SOUZA em 16/03/2011
Reeditado em 16/06/2011
Código do texto: T2851594
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