ONDE O MEDO PODE LEVAR

Já faz algum tempo que ensaio para escrever sobre este tema.
Na verdade, é uma forma de pensar, e considero até um pouco polêmico, porque o assunto é polêmico.

Não falo sobre mim, são meros pensares, mas que de alguma forma pude senti-los algumas vezes.

Falo sobre personalidade. O que somos e como somos.
O que sou quando estou sozinho e o como sou quando estou acompanhado.
Sou a mesma pessoa?
Ou, quando estou sozinho sou uma formiguinha, e quando estou com amigos sou um leão?
Este é o ponto que desejo chegar.
Há indivíduos que sozinhos são tímidos, envergonhados, introvertidos, tem medo de se expor. E quando estão acompanhados são totalmente diferentes. São alegres, corajosos, e podem até se achar o máximo.

Indivíduos que sozinhos ou acompanhados mantém o mesmo comportamento, pode-se dizer que tem maturidade, equilíbrio, são seguros de si.
Já indivíduos que oscilam de comportamento geralmente são inseguros, alimentam medo e precisam se afirmar de alguma forma. É como se usassem uma máscara em determinados momentos.

Não sou nenhuma estudiosa no assunto, mas tenho observado as pessoas de modo geral.
Observei que esse tipo de pessoa está infiltrado na sociedade como usuário de drogas e alcoólatra.
Esse é o exemplo que desejo usar.
A falta de maturidade, a insegurança, medos, a falta de “algo” dentro de casa, a vontade de se afirmar perante os amigos pode levar ao vício.
A falta de “algo” dentro de casa relaciona-se com a falta de amor dos pais com os filhos, a falta de apoio e carinho, um ambiente familiar turbulento, separação entre os pais, brigas, complexos, enfim... a falta de algo dentro de casa.
Essa falta de “algo” pode levar o indivíduo a buscar fora de casa, àquilo que não encontrou no ambiente familiar. Salvo exceções.
Ao fazer amizades, o indivíduo passa a se relacionar, e a interagir. Se este indivíduo não ter a personalidade formada, e não ter um “alicerce” familiar sólido, a tendência é experimentar e cair no vício.
E por mais que não queira, existem amigos – salvo exceções, que estimulam o uso de entorpecentes chamando o amigo de careta, ameaçando deixar fora do círculo de amizades, enfim, passando a coagir o indivíduo de forma que, por medo de ser excluído, passa a agir da mesma forma que os amigos.
Acaba por tornar-se um “Maria-vai-com-as-outras”.

Outro tipo de comportamento que desejo comentar são de pessoas dependentes de outras pessoas para tudo.
Já ouvi comentários assim: “Eu sem meus amigos não sou nada...”
Confesso, achei um absurdo.
Amigos, namorado, marido, esposa... devem ser um complemento da nossa vida e não a base.
Porque quem perde a base, fica perdido!
E acrescento que pessoas que vivem dependentes emocionalmente de outras, correm um grande risco de se tornar “Maria-vai-com-as-outras”. Isto é, sem personalidade.

Não quero em hipótese alguma apontar certo e errado, mas não posso deixar de observar e achar absurdos os casos que me deparo.

Ninguém é obrigado a conviver sozinho, nem deve, mas deve ter a capacidade de se “sustentar” emocionalmente sozinho; para quando alguém se aproximar, poder somar as qualidades e multiplicar alegrias e não vícios. Não fazer de outro indivíduo a base, mas unir as bases de personalidades maduras.


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Sary
Enviado por Sary em 12/03/2011
Reeditado em 01/04/2011
Código do texto: T2842652
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