Água: patrimônio da humanidade – I

A água é um recurso inestimável para a humanidade. Atualmente, mais do que nunca, temos visto problemas relacionados à escassez de água em inúmeras partes do mundo. Um exemplo bem claro disso pôde ser visto na última seca ocorrida na região da Amazônia (maior floresta tropical do Planeta), o que segundo diversos especialistas retrata uma crise ambiental mundial.

O crescimento populacional aliado ao aumento das interferências humanas no meio ambiente tem preocupado a opinião pública de forma que os problemas ambientais vêm sendo seriamente debatidos ultimamente. A falta de água potável e a má gestão dos recursos hídricos estão sendo considerados itens prioritários nessas discussões.

Para termos uma visão ampla da importância da água e de todos os problemas a ela relacionados devemos tratá-la, assim como aos demais recursos naturais, vislumbrando-a através de seus três principais valores: (1) ecológico, (2) econômico e (3) simbólico.

Conforme todos sabem, a água exerce um papel fundamental em todos os processos vitais nas mais diferentes escalas de organização da vida, estando presente desde os processos de desenvolvimento e multiplicação celular até nas mais complexas interações ecossistêmicas. A água tem um valor ecológico inestimável, pois só há vida na presença de água.

A NASA (Agência Espacial Norte Americana) tem enviado várias sondas espaciais ao Planeta Marte em busca de registros de vida. Nessas sondagens realizadas no Planeta Vermelho tem-se buscado vestígios da presença de água, quer seja em estado líquido, quer seja em estado sólido, na forma de gelo. Os cientistas bem sabem que se encontrarem água aumentarão imensamente as chances de encontrarem alguma forma de vida naquele lugar.

Sem dúvida alguma, o maior crédito que temos atribuído à água trata-se de seu valor econômico, pois dela dependem a grande maioria dos processos produtivos e industriais modernos. Ela está presente nas atividades mais corriqueiras que envolvem nossa higiene pessoal e doméstica (tomar banho, escovar os dentes, lavar a louça etc) até na irrigação, produção de alimentos, transporte, lazer e geração de energia.

No Estado do Tocantins, o IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e o NATURATINS (Instituto Natureza do Tocantins) são os órgãos responsáveis pelo licenciamento e controle dos empreendimentos que utilizam os recursos hídricos. Eles emitem a “Outorga de Direito de Uso dos Recursos Hídricos”, que se trata de uma autorização temporária para que aquele empreendimento ou atividade utilize a água sob critérios e normas bem rígidas.

Qualquer pessoa ou empresa que desenvolva uma ação prejudicial aos recursos hídricos, como por exemplo, o lançamento de poluentes em um rio, tornando suas águas impróprias para consumo ou para o banho, pode sofrer as sanções penais previstas nas leis ambientais. Mas conforme relembram os Fiscais do NATURATINS, a sociedade não deve deixar somente a encargo do Estado, ela deve ser co-responsável nas ações que envolvem a proteção de um bem tão importante para nossa vida como a água.

A próxima edição tratará do valor simbólico da água.

(Continua ...)

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Publicado no Jornal Mesa de Bar News, edição n. 223, p. 20, de 10/08/2007. Gurupi – Estado do Tocantins.

Giovanni Salera Júnior

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Giovanni Salera Júnior
Enviado por Giovanni Salera Júnior em 05/11/2006
Reeditado em 01/01/2012
Código do texto: T282635
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