A devastação das florestas brasileiras preocupa a população

A devastação das formações vegetais brasileiras tem despertado a atenção de toda a sociedade. A Mata Atlântica, a Floresta Amazônica e o Cerrado estão entre os biomas brasileiros mais ameaçados.

Considerando apenas a faixa costeira, a exuberante Mata Atlântica ocupava no início do século XIX uma área de 350.000 km², o equivalente ao conjunto formado pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Atualmente, pouco mais de 100.000 km² é o que lhe resta.

Alguns estudos sobre a Mata Atlântica indicam que, considerando o processo de desmatamento dessa floresta desde seu início, apenas cerca de 10% da madeira foi aproveitada; os outros 90% foram simplesmente queimados, para abertura de áreas destinadas às atividades agropastoris.

A Floresta Amazônica brasileira abrange uma área superior a 4 milhões de km² e é tida como uma das regiões do planeta mais ricas em biodiversidade, apresentando uma grande proporção de endemismos (espécies que ocorrem em uma área restrita) e espécies raras. Analisando os inúmeros desmatamentos e queimadas ilegais consideram-se que cerca de 300.000 km² de vegetação nativa tenham sido suprimidos nos últimos anos, e que esse ritmo é ainda crescente, principalmente em alguns Estados como Pará, Rondônia, Mato Grosso e Tocantins.

O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro e cobre uma área equivalente a 2 milhões de km² em Estados das regiões Sudeste, Nordeste, Norte e Centro Oeste, tendo seu estado de conservação atual considerado preocupante em vista das inúmeras pressões sofridas pelas intensas modificações, principalmente, a partir de atividades agrícolas e da pecuária. Como agravante, ressalta-se que no Cerrado existem poucas Unidades de Conservação (Parques, Reservas, Áreas de Proteção Ambiental etc.) que, em geral, são de dimensões reduzidas.

Medidas urgentes e eficazes precisam ser tomadas no sentido de frear cada vez mais a destruição de nossas matas e florestas. Ambientalistas diversos sugerem, entre outras medidas, a ampliação das Unidades de Conservação, a regulamentação e a fiscalização efetivas da exportação de recursos madereiros, o controle do uso de agrotóxicos e a suspensão de incentivos fiscais para projetos em áreas afetadas.

Conforme relembram os Fiscais do NATURATINS (Instituto Natureza do Tocantins), a conscientização coletiva é, com efeito, um dos melhores caminhos no sentido de determinar a adoção de medidas mais eficazes contra a devastação da natureza. E a adoção de tais medidas se mostra urgente para a manutenção e conservação de nossos recursos naturais.

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Publicado no Jornal Mesa de Bar News, edição n. 222, p. 05, de 03/08/2007. Gurupi – Estado do Tocantins.

Giovanni Salera Júnior

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Giovanni Salera Júnior
Enviado por Giovanni Salera Júnior em 04/11/2006
Reeditado em 01/01/2012
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