Escrever? É Arte ou necessidade de desengasgar
Quem escreve condena ou absorve o mundo?
É notório que escrever é uma das melhores aptidões que a natureza humana soube liberar. Criar é muito mais do que só observar o mundo e filosofá-lo. Quem cria mundos já os concluiu antes mesmo deles existirem. Mesmo sendo literatura, vias da manifestação da natureza humana, qual natureza textual escolhida, escrever é escrever-se, ouescrever tras vozes de diferentes visões do mesmo mundo. Complexidade que possibilita as grandes criações literárias. Se pensar em um tema para seu texto, pode-se decepcionar contigo mesmo. Não é nenhuma fatalidade começar a pensar no que quer escrever e ir para outros horizontes, outros temas, e muitas vezes bem diferente e surpreendente a cada momento que se escreve. Não é nenhuma novidade passar um determinado tempo em frente de um computador e não digitar nenhuma frase. Ou então produzir dezenas de páginas e concluir capítulos e depois sentir que é preciso abortá-lo. Qual é então a pergunta principal que se deve fazer? Será que existe pergunta a quem escreve que o que ele escreve é exatamente o que sempre quis escrever, ou, se o que escreve é um diário do seu mundo observador que tem a necessidade de liberar-se externamente? Desabafos? É Arte? Ou os dois? Quem sabe se o que realmente escreve é preciso escrever para o mundo? Não sei se há definição precisa para “o que é um escritor para o próprio escritor?”. O importante é deixar que o mundo defina um estudo e produza ensaios. Talvez algum escritor ou teórico literário venha algum momento definir a melhor literatura para se escrever. Particularmente, não acredito nisso. Só sei que a arte literária sempre foi um dos melhores canais de entender o homem universal e seus anseios diante do mundo organizado, o mundo dos sonhos possíveis e maravilhosos, do ideal mundo para todos, do amor sem fim!...