O dinheiro

Quando ainda nem se falava em moeda

E nem em riqueza e burguesia

Ninguém conhecia cédula

Mas o poder ganancioso já existia

Remuneração relaciona-se com dispêndio

Mas o comércio social vivia sob troca de bens

Como foi na era do escambo

Sem a interferência do vintém

Hoje em dia não se vive sem tributos

Sem o valor do papel dinheiro

E antes da fibra vegetal ser “Made in China”

Fez o império conhecer primeiro

Antes do status, da vaidade

E dos valores impressos

Das intrigas e das mortes por ele

O preponderante já se manifestava em tê-lo

Hoje somos escravos do dinheiro

Antes, nem bagatela e nem paga, tinha

“Salário”: Sendo mínimo, valor não têm

Historicamente deveria, pois é rico e vêm do Latim “sal”

Mas agora, brigam-se até por merreca e mixaria

Dinheiro: Quem têm muito quer sempre mais

Quem têm pouco pensa que não têm

E quem não têm, pensa em um dia ter, mesmo pouco

Ter pelo menos o mínimo para sobreviver

O dinheiro corrompe, emprega e desemprega

A fome, dele espera a redução da miséria

Mas a mensalidade de terno e gravata, enche a mala

Com notas na cueca e na meia, por corruptela

O rico, no banco têm muitas notas de cem

O ladrão que não trabalha, subtrai

O estelionatário imprime

E o pobre de bolso furado, lutando na vida, pouco têm

Dinheiro: Daria até para se distanciar dele

Se existisse realmente igualdade social

Com distribuição de vontade política, mútua

E se também, o “Diabo” não quisesse a parte dele

George Lemos
Enviado por George Lemos em 08/01/2011
Reeditado em 30/08/2012
Código do texto: T2716075
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