O dinheiro
Quando ainda nem se falava em moeda
E nem em riqueza e burguesia
Ninguém conhecia cédula
Mas o poder ganancioso já existia
Remuneração relaciona-se com dispêndio
Mas o comércio social vivia sob troca de bens
Como foi na era do escambo
Sem a interferência do vintém
Hoje em dia não se vive sem tributos
Sem o valor do papel dinheiro
E antes da fibra vegetal ser “Made in China”
Fez o império conhecer primeiro
Antes do status, da vaidade
E dos valores impressos
Das intrigas e das mortes por ele
O preponderante já se manifestava em tê-lo
Hoje somos escravos do dinheiro
Antes, nem bagatela e nem paga, tinha
“Salário”: Sendo mínimo, valor não têm
Historicamente deveria, pois é rico e vêm do Latim “sal”
Mas agora, brigam-se até por merreca e mixaria
Dinheiro: Quem têm muito quer sempre mais
Quem têm pouco pensa que não têm
E quem não têm, pensa em um dia ter, mesmo pouco
Ter pelo menos o mínimo para sobreviver
O dinheiro corrompe, emprega e desemprega
A fome, dele espera a redução da miséria
Mas a mensalidade de terno e gravata, enche a mala
Com notas na cueca e na meia, por corruptela
O rico, no banco têm muitas notas de cem
O ladrão que não trabalha, subtrai
O estelionatário imprime
E o pobre de bolso furado, lutando na vida, pouco têm
Dinheiro: Daria até para se distanciar dele
Se existisse realmente igualdade social
Com distribuição de vontade política, mútua
E se também, o “Diabo” não quisesse a parte dele