Empatia
Lanço aos leitores uma verdade minha: a empatia não existe. Colocar-se no lugar do outro é impossível. Sabe por que? Porque ninguém é o outro.
Então nos resta praticar a máxima: ‘fazer aos outros o que você deseja que façam a você’.
Mas, se somos diferentes, como saber se o outro quer o que nós queremos?
Você, leitor, está perdido. Eu também estou. Mas quero te dar um exemplo, você quer?
Mesmo sem saber se aceita ou não, lá vai: Fulano adora cumprimentar com abraço longo e apertado, como se estivesse numa despedida.Beltrano, educadamente, resume seus cumprimentos a um firme aperto de mão. Já imaginou o quão irritante será o dia-a-dia desses dois se trabalharem em baias contíguas?
E aí? O que resta a fazer?
O mundo está perdido?
Não! Não é a empatia que conta. É a inteligência. Nesse sentido, não há inteligência sem observação, percepção e diálogo.
Ah, o diálogo...
Se ninguém consegue se colocar no lugar do outro, por que não perguntar?
Pergunta-se e a relação pode virar um desastre.
Por que é tão difícil expressar o que é e o que a gente quer?
Mais fácil o silêncio ‘a moda da casa’?
Bola de cristal ninguém tem. E tentar adivinhar dá no que sempre dá.
Agora vai tentar consertar....