Espírito estável,alma e corpo instáveis

Este é um ensaio unicamente literário. Nada mais do que isto, pois me ocorre especular sobre as relações entre espírito, alma e corpo, dizendo apenas o que penso que imagino, não sei se com propriedade ou não.

Coloco-me na condição de, supostamente, ser alienado e que diz absurdos, não diz coisa-com-coisa e se entrega a lucubrações completamente lunáticas. Uma espécie de exercício do potencial demente que há em mim e em todos os seres humanos.

Não citarei nenhum autor, não recorrerei a nenhuma teoria de qualquer natureza. Tentarei, na medida do possível, escrever o que me vem à cabeça, sem razão, sem emoção e sem premeditação, mas somente pela intuição e pelo imediatismo. Vou começar:

A alma rege o corpo, e os dois mudam a todo instante. Os humores da alma, relacionados á alegria, tristeza e indiferença, fazem o corpo se transformar a todo instante, para melhor ou para pior, enquanto o espírito permanece imutável desde a sua origem observável parcialmente na fecundação humana.

Corpo e alma se situam em patamares diferentes, um no espaço físico, o outro no energético invisível, mas ambos em posição horizontal com sentido e direção para o infinito, conforme a configuração espacial convencionada pelo princípio geométrico sobre duas paralelas: Duas linhas paralelas tendem a se encontrar no infinito.

O espírito tem direção e sentido verticais- uma linha de forte energia interligando o cosmos e a terra, e ao mesmo tempo permitindo a interação entre o corpo e a alma. Ao incidir sobre os espaços físico e energético do corpo e da alma, o espírito torna-se o canal que os interliga e por onde fluem os humores da alma para o corpo.Uma incidência cruzada,que poderia ser imaginada em formato de cruz.

Os humores do corpo nada são do que os humores da alma, e os humores da alma variam de acordo com a natureza do espírito. Imaginemos duas linhas horizontais (corpo e alma) cortadas por uma linha vertical (espírito), que as comunica.

Quando o espírito é virtuoso, ele consegue manter o homem em sintonia com a energia positiva. Sendo o espírito defeituoso, ele permite que os humores da alma incidam sobre o corpo, causando sensações alternadas de felicidade e sofrimento, alegria e melancolia, satisfação e dor, etc.

O espírito é eterno, enquanto o corpo visível e a alma invisível desaparecem com a morte. Eis porque o homem precisa tentar identificar o que provem do espírito e o que provem da alma, para agir com seu corpo.

Espírito é razão, alma é emoção e corpo é o reflexo da alma. O espírito,seja negativo ou positivo, é característica transcendental, que rege cada homem. A alma é nata e acompanha o corpo desde a sua gestação.

O homem que conhece seu Espírito não mistura seu pensamento e ação com seus humores e nem os condiciona ao estado do seu corpo doente ou saudável, porque a alma doente se encontra no corpo doente e a alma saudável no corpo saudável.

Com Espírito defeituoso, não haverá alma e corpo saudáveis, mas somente doentes. Com Espírito virtuoso, a alma e o corpo tendem a ser saudáveis, mas podem se tornar doentes se houver alguma falha na comunicação entre ambos estabelecida pelo Espírito. E isto ocorre quando a energia espiritual recebe do passado ou do futuro alguma redução ou aumento súbito produzidos pela sua fonte original por causa misteriosa.

Agora, imagino que estou diante de um espelho, que reflete imagem invertida.

O corpo rege a alma, e os dois mudam a todo instante. O corpo se transforma e muda os humores da alma, mas o espírito permanece imutável. Corpo e alma continuam paralelos, e o espírito se mantém na posição vertical.

Os humores da alma nada são do que os humores do corpo, e os humores do corpo variam de acordo com a natureza do espírito, que continua interligando-os. Quando o espírito é virtuoso, ele consegue manter o homem em sintonia com a energia positiva.

Sendo o espírito defeituoso, ele permite que os humores do corpo incidam sobre a alma, causando sensações alternadas de felicidade e sofrimento, alegria e melancolia, satisfação e dor, etc.

O espírito é eterno, enquanto o corpo visível e a alma invisível desaparecem com a morte. Eis porque o homem precisa tentar identificar o que provem do espírito e o que provem do corpo.

Espírito é razão, corpo é emoção e alma é reflexo do corpo. O espírito,seja negativo ou positivo, é característica transcendental, que rege cada homem. O corpo é nato e acompanha a alma desde a sua gestação.

O homem que conhece seu espírito não mistura seu pensamento e ação com seu corpo e nem os condiciona ao estado de sua alma doente ou saudável, porque o corpo doente se encontra na alma doente e o corpo saudável na alma saudável.

Com espírito defeituoso, não haverá corpo e alma saudáveis, mas somente doentes. Com espírito virtuoso, o corpo e a alma tendem a ser saudáveis, mas podem se tornar doentes se houver alguma falha na comunicação entre ambos estabelecida pelo espírito.

E isso ocorre quando a energia espiritual recebe do passado ou do futuro alguma redução ou aumento súbito produzidos pela sua fonte original por causa misteriosa, conforme dito anteriormente.

Agora, imagino-me observando esses três elementos de ponta-cabeça. A visão é a mesma das primeiras observações, o mesmo ocorrendo em relação às segundas observações, se imaginar-me de ponta-cabeça diante de um espelho.

A variável independente continua sendo o espírito; o corpo e a alma permanecem mutáveis por si e comutáveis entre si, observados de pé e como reflexos do espelho, ou de ponta-cabeça e nessa posição com reflexo do espelho, indiferentes à lei da gravidade.

Eis porque há entre os homens artistas, acrobatas, desportistas, escritores de ficção, poetas, políticos, heróis, aventureiros, ilusionistas, pilotos voadores e outros profissionais e amadores que quase ignoram a posição em que se encontram seus corpos, ora sendo regidos pela alma, ora regendo a mesma. Vivem numa espécie de transe freqüente. Esses tipos de homens são especialmente fortes, porque definem a estabilidade do espírito e a instabilidade do corpo e da alma.

Mesmo reconhecendo que não se devem fazer generalizações, vejo outros tipos de homens que observam sempre a posição do corpo, vivem intranqüilos e conscientes das trocas entre o corpo e a alma e não conseguem identificar o espírito.

Esses “descuidados” do espírito tendem a ser intelectuais, engenheiros, jornalistas, médicos, religiosos, militares, empresários, psicólogos, sociólogos, professores, etc., compondo uma vasta lista majoritária.

E há aqueles homens que ora observam, ora ignoram a posição do corpo e as suas trocas com a alma, permitindo que o espírito ora se defina, ora se oculte como variável independente. São desequilibrados sob todos os aspectos, violentos e criminosos. É o homem em seu estado mais próximo do animal, que é desprovido de espírito.

Agora, desperto e reassumindo minha condição de homem normal, admito que entenda alguma coisa de corpo e alma, mas não entendo nada de espírito, embora acredite em sua existência.

Feichas Martins
Enviado por Feichas Martins em 07/12/2010
Código do texto: T2657434