Somos todos culpados
Há um princípio democrático no erro, todos os homens são culpados, a miséria do mundo é resultado de uma desigualdade social, que foi criada por homens tiranos, desde Ninrode, o famoso caçador, que fundou a primeira hegemonia intelectual e física, a ideia de uma cidade, onde as pessoas deviam habitar sobre o comando de um líder creul, que matava os que não se dobrassem aos seus mandos e comandos. Portanto, a meu ver, não ha democracia fora da culpa de todos os homens. Se os fracos se dobram frente aos poderosos, o faz por medo e covardia, agem como um animal doente, o instinto natural deu lugar ao amofinamento, daí, desde muito tempo, quando homem começou dominar sobre outros homens, surgiu uma raça de homens fracos, e cada vez mais os fortes se tornaram mais fortes, conseguiram dominar não porque tinham mais força, mas porque tinham agora um histórico de supremacia, que foi preservado por meio de lendas e relatos verbais que passavam de geração em geração. Ajuntaram assim fama e capital, surgiram as classes, apenas duas de fato, os que mandam e os que obedecem. Hoje tentam descriminar os homens por várias classes sociais, mas é tudo uma maneira de camuflar uma verdade vergonhosa. Há um poder que nunca muda de mãos nem de bolso, como agua que corre para mar, quem tem dinheiro atrai mais dinheiro, e este dinheiro só pode vir da exploração da mão-de-obra dos fracos que nunca mudaram de classe, a classe dos comandados. Falta-nos a verdadeira democracia, a da culpa, somos todos culpados, malignamente culpados por esta desigualdade entre homens, irmãos. O poder muda de mãos, mas o espírito é o mesmo, a vaidade.
Portanto se apredessem a dividir, tanto seus bens como sua culpa, os homens encontrariam um objetivo comum, seriam mais unidos na busca da felicidade, pelo menos suportariam melhor uns aos outros.