Busca da Felicidade

Estava eu pensando com meus botões certo dia sobre a felicidade e os meios de a alcançarmos, assim como a segurança e todos as necessidades naturais que temos. O que mais me estranha é o modo que tentamos busca-las, queremos silenciar nossos desejos, pertencentes ao natural, ao humano, usando meios artificiais, como querer entregar esta tutela ao Estado, que nada mais é que um grande leviatã, monstro criado pelas mãos dos homens, que engole a tudo e todos, tratando cada um de acordo com poder aquisitivo, com a cor da pele, com o credo..., sendo assim injusto, então fica uma outra questão, como querer saciar uma necessidades justas usando ferramentas injustas?

Minha única resposta é: não sacia, apenas simula uma saciedade diluída, é como adoçante que nada adoça de modo natural, apenas simula uma doçura que não é um atributo próprio, basta colocar uma gota de qualquer marca na língua que irão entender o que digo.

A felicidade é algo inerente ao homem, é um objetivo desta raça independente do local onde viva, e somente o homem, usando meios naturais, como a convivência, os círculos de amizade, a paz e o sossego poderá alcançar, caminho muito oposto do que os Estados terroristas nos tem a oferecer. Pode até parecer um tanto forte os chamar de terroristas, mas, alguns podem querer saber, o que o configura como tal? Simples, terrorista é aquele que expressa sua vontade e legitima sua força por meio do uso/manipulação/criação do terror, visto que de outro modo não teria o por que de existir, muito menos de manter-se de pé como gladiador mortalmente ferido. Deixo uma reflexão: o que o Estado tem feito por nós? Mais especificamente o Estado brasileiro. Onde está nosso dinheiro que enche os cofres públicos e os bolsos de seus guardiões, que diga-se de passagem somos o 2º país onde se paga mais impostos, mas ao contrário do 1º, que é um país europeu, não temos nada, nem sequer um canto para cair morto, por que se quisermos cair mortos temos que pagar.

Podem até querer modificar o Estado, querer que ele se molde de acordo com o ambiente e as necessidades do povo onde ele está inserido, mas lamento dizer que por mais que ele tente nunca irá atingir com satisfação esse fim. A população que irá ser regida por ele poderá até demonstrar uma certa satisfação, mas fazer o que se algumas pessoas são como vacas? Basta ver o local onde elas ficam confinadas para poderem ser ordenhadas, tendo seu leito drenado com uso de ventosas metálicas, outrora o espaço era mínimo e a produção baixa, foi só aumentarem um pouco o tamanho de sua cela, as dando uma ilusão de liberdade para que a produção aumentasse. O povo, de um modo geral, é como estes ruminantes, basta aumentar virtualmente o tamanho de seu abrigo que já se sentem livres e felizes. Pobres homens que se vendem por tão pouco, e ainda hostilizam as prostituas.

O Estado, como foi visto no parágrafo anterior, cobra um preço muito alto para fingir que busca nos satisfazer, cobra nossa liberdade e ainda toma de nós o direito de usar o poder coercitivo, sendo como verdadeiro algoz e padre ao mesmo tempo, condenando impiedosamente uns e absolvendo inescrupulosamente outros, tal qual a inquisição de outrora. O Estado pensa apenas em si mesmo, em se manter e ter seus súditos controlados a curtas rédeas, sendo como pastores/padres/sacerdotes..., que mais parecem abatedores, de algumas igrejas, drenando as forças e a vontade daqueles que estupidamente os ouvem e no fim são reduzidos a meros caixas 24 horas.

O poder vem do povo e ao povo deve retornar na figura de serviços eficazes e bem estar, isto que o Estado deveria primar, mas como se sabe ele rouba o poder do povo e o manipula do modo que quer, usando para isto o discurso da democracia, que na verdade não existe, do modo em que é aplicado atualmente. Democracia significa governo do povo, e que outro modo disso ser praticado senão pelo próprio povo? Ao elegermos alguém, ele como humano que é cheio de vícios e pobre em virtudes irá logicamente flertar com seus interesses, deixando toda uma nação viver com míseras migalhas, usando como meio de ludibrio a política do Pamen et Circen (pão e circo), e o povo que faz o papel de palhaço circense incorporou de tal modo seu personagem que não mais se vê sem ele, tornando-se igual a ele, rindo, chorando, reclamando, mas nada fazendo, e assim se tornando revolucionários de sofá, apenas se indignando quando veem algo na Tv e reclamos que ninguém nada faz, quando o povo que tem que fazer algo, pois como foi dito antes, o poder pertence ao povo e quando elege alguém este poder é emprestado a outrem que tem o dever, isso para não dizer obrigação, de nos representar e satisfazer os desejos dos votantes, mas como se sabe, o homem é um ser meramente egoísta, é um povo que se diz cristão, mas que na prática denega tudo aquilo que diz veementemente crer.

Enquanto isso o barco continua a correr, rumo a decadência, rumo a alienação. Para aqueles que, como eu, veem as coisas e sua podridão conclamo, peguemos nas armas de nossas ideologias e gritemos nos ouvidos daqueles que dormem, visto que somos poucos e nada podemos fazer para cortar o mal pela raiz, mas temos o dever humanístico e cívico de acordar os dorminhocos e de agitar os sonolentos para assim podermos começar uma verdadeira revolução. Por fim deixo uma frase de Gabriel o Pensador "O mundo muda com a mudança da gente" que esta frase reverbere na mente de todos aqueles que leram este texto, como também na massa cinzenta de todos aqueles que a usa.

Só seremos felizes quando nós mesmos buscarmos tal felicidade, ao invés de delegarmos a nosso servidor, no caso o Estado, pois como diz a clichê máxima “se quer fazer alguém bem feito que faça você mesmo”, somente nós seres portadores da razão, embora em alguns se encontre adormecida, podemos ter discernimento da viabilidade do que queremos, e da atingibilidade de qualquer sonho que podemos ter. Mãos na massa, pois o pão só fica da forma que queremos quando nós mesmos o fazemos, independente de termos exímios padeiros.