Reflexões
Como poderíamos viver essa vida se antes de todas as nossas decisões fizéssemos a seguinte pergunta: “Em meus passos o que faria Jesus?”. Precisamos estar sensíveis à voz do Espírito Santo e ainda mais, temos que conhecer bem o caráter e a mente de Cristo para sabermos qual sua agradável vontade para conosco. Realmente podemos afirmar conhecer a vontade e a mente de Cristo? Será que em nossa vida cristã realmente tivemos em algum momento uma reflexão acerca do que realmente é ser discípulo de Cristo? Ao sermos chamados cristãos, logo associamos ao simples fato de estarmos professando a fé em um homem chamado Jesus Cristo, não mais que isso. Será mesmo que o simples motivo da fé nos faz cristão? Será realmente que fazer uma ou outra coisa em nome de Deus nos faz realmente cristãos? Acho que para realmente sermos chamados cristãos temos que a cada dia e em cada situação fazermos a pergunta acima e termos convicção de que o que faremos é a vontade de Cristo e independente dos resultados que venham compor o quadro seguinte da nossa vida. Ao ler Em seus passos o que faria Jesus? fui despertado para essa tão dura realidade que tem norteado minha vida cristã. Nunca parei para avaliar se o que faço realmente reflete aquilo que Jesus faria ou aprovaria. È triste ter que admitir que na grande maioria de nossas decisões o eu é o centro da nossa inquirição. Afinal, quem melhor que nós poderia dizer o que é melhor para nós? Você não acha? Pois bem, a palavra é fiel e afirma categoricamente que os caminhos do Senhor não são os nossos e que seus pensamentos não o são também (Is. 55.8). Enfim, o que nos parece bom pode ser uma grande porta para o engano e a mentira, porque há caminho que nos parecem reto, mas que nos leva fatalmente á morte (Pv. 16.25).
Quando negamos ouvir o que Cristo pensa e nos orienta acerca das nossas decisões, decidimos de fato negar-lhe o direito de ser Senhor sobre nossa vida, e isso inclui nosso livre- arbítrio. Todo homem que conhece a revelação e continua fazendo uso do livre-arbítrio permanece ainda sendo escravo de satanás e nega o poder das escrituras e de seu Autor e provedor. Precisamos renunciar-nos e segui-lo, independente do que nos possa custar. Os mártires, como Inácio, Teresa, Macer, Eustáquio e sua família, todos, entre muitos outros anônimos, renunciaram a vida para que na morte experimentassem o indivisível prazer de estar no paraíso com Jesus.
Penso que a cada dia deveríamos nos sentar em nossos leitos pela manhã e perguntarmos qual seria o caminho do Mestre para esse dia. Você está realmente disposto a servi-lo com amor e verdade? Quer realmente satisfazê-lo antes mesmo de se sentir satisfeito (a)? Isso é renúncia. Abrir mão do que nos possa dar prazer a fim de que o Senhor o possa ter em nós. Deus procura isso em cada um de seus filhos. Podemos satisfazê-lo e então, todas as demais coisas necessárias nos serão supridas, porque satisfação é sinônimo de alegria e a alegria do Senhor é a nossa força (Ne. 8.10);