Morte

Morte se equipara com a Reticência

Já perceberam que a simbologia: (...) representa não um fim, mas uma passagem?

Passa da concretude das palavras para uma vibração da imaginação,

eu escrevo e deixo que vocês...

Percebe? A liberdade agora é sua, não minha,

mesmo que essas palavras também não sejam mais minhas e sim de quem às lê,

mas ainda há nelas uma fonte matricial,

um eixo interpretativo que supõe espaço-tempo,

Reticência não, elas são o signo da transcendência.

Palavras são rios,

Reticência é o mar, o horizonte, a morte.

Aliás, horizonte e morte têm muito em comum,

ambos são o limite da vista e ambos excitam poesia

instintivamente vibram em nós continuação, ou eternidade.

Olhamos, finitos, e não nos fatigamos.

E ainda sentimos o infinito nos olhar, perpetuar...

Por isso na língua portuguesa experimental, popular, não a da academia brasileira de letras, mas a das letras constantemente vividas e re-formuladas, a essas, proporia a troca da palavra morte, por: (...).

Isso certamente contribuirá para uma mudança de paradigma de crises ontológicas.

Podendo até superar o medo da morte,

Afinal, se o leitor ao invés da palavra morte, carregada de óticas e semióticas, se deparar com (...) garanto a vocês, até curiosidade vai dar.

A vida é assim, você está e de repente você...

E assim a gente segue descrevivendo, cientes que a qualquer momento podemos...

Fernão Bertã
Enviado por Fernão Bertã em 18/11/2010
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