Extrema
Perdoa esse meu modo ríspido de dizer as coisas, coisas sempre doem e dor é algo incompreensível. Calar, dizer, doer tudo tão verbal, tão ação. Vida é ação! Perdão não. Perdão é esquecimento, é parar o ato do que é ou do que foi. Ando filosofando em preto e branco, fugindo com Deleuze para qualquer lugar onde não haja restos, dejetos que não queremos carregar. Estou viajando sem querer levar bagagem ultimamente, caminhar sem pesos é sempre mais fácil, os braços livres parece que dão liberdade. Não peço complacência, aliás, não peço nada, só que me deixe fluir avassaladora e inquietantemente.
Stelamaris