Essencial
Vivemos num mundo cercado pela futilidade, pela “aparência” excessiva.
Tornou-se “moda” a hipocrisia, o faz de conta que sou quem não sou, mas que insisto em ser. Ser sarado, fino, antenado, famoso, celebridade. O mundo impõe esta tendência, há quem diga!
Homens e mulheres preocupados com o corpo exuberante, rugas, celulite, flacidez? Neste mundo “cosmetical”, não há espaço para estas palavras. Mas e a essência do ser humano? A beleza de sermos nós mesmos? O cuidado com nossa alma?
Acreditar que podemos viver aceitando-nos como somos, isso é para os insensatos poetas que acreditam na essência, diz-se. Quanta insensatez dos poetas! Sim, a beleza interior é secundária, talvez nem mais exista, a beleza exterior importa!
Entretanto, prefiro a insensatez dos poetas à hipocrisia dos homens. Assim, permaneço acreditando na essência e no que o ser humano pode ter de melhor em si, pois esta, a essência, é diamante bruto diante da aparência.