DIÁRIO DE UM MALDITO - 2

Diário De Um Maldito

"On aime la vie, mais le néant ne laisse pas d'avoir du bon"

-- Schopenhauer --

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Os significados da vida, das pessoas, dos sentimentos, começam a parecer tais quais os quadros impressionistas. Tudo um tanto distorcido.

Querer morrer é um tanto egoísta, mas só depende da perspectiva. No caso da minha inutilidade como ser humano, quanto corpo, quanto massa, começo a pensar que seria um ato de altruísmo. Privar as pessoas da minha presença seria aliviador. Depois das lamentações, quando tudo for lembrança, o descanso que eu proporcionaria seria confortável. A razão de ainda não ter feito nada contra minha carne são as dúvidas, dúvidas, dúvidas...

Dúvidas são cruéis. Dúvidas são fragmentos de esperanças. A maldita esperança faz-me adiar o que parecia uma convicção. “Quem sabe amanhã?”. Como gostamos de nos enganar tendo esperanças... e, infelizmente, eu não escapo a isso.

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>>KCOS<<

Karlla Caroline
Enviado por Karlla Caroline em 07/11/2010
Reeditado em 09/01/2011
Código do texto: T2601463
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