Deus dos Exércitos
Esta expressão “Deus dos Exércitos” também foi utilizada pelo profeta Amós, nos dias de Jeroboão II, rei de Israel, e de Uzias, rei de Judá, dois anos antes da destruição de Jerusalém por um tumulto cósmico, em 747.
"E irão ser expostos (ossos dos habitantes sepultados) ao sol, a lua, e a todo o EXÉRCITOS DO CÉU a quem tinham amado e servido, e após quem tinham buscado, e diante de quem se tinham prostrado" (Jr 8:2).
“Só tu és o Senhor, tu fizeste o céu, o céus dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há; os mares e tudo quanto há neles; e tu os preservas a TODOS COM VIDA, e o EXÉRCITO DOS CÉUS te adora.”(Ne 9:6).
Deus não é Deus de mortos, mas de vivos (Mt 22:32)... até as pedras podem clamar (Lc 19:39,40), e das pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão (Mt 3:9). E do pó, que são minusculas pedrinhas, Deus criou o homem (Gn 3:19).
Tudo o que Deus criou, tem existência eterna, mas há renovações, ou transformações na sua criação (Ec 3:14,15).
Só Deus é imutável.
A religião israelita até o 8º séc. a.C. era uma religião que levava muito em conta os astros.
Não se pode dizer que era uma religião astral, como as demais, porque não era um astro superior que comandava todos os demais astros, mas Deus, o Criador de todas as coisas.
Com Isaías começa o esforço dos profetas e depois, os escribas (deuteronomistas), para deixarem bem claro quem era o seu Deus procurando se afastar da astrologia, a fim de não confundir o Criador com a criatura.
Isaías diz quem é este Deus dos Exércitos:
“Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais Ele chama pelo nome; por ser Ele grande em força e forte em poder, nem uma só vêm a faltar” (Is 40:26).
Trezentos anos antes de Isaías o salmista diz que o SENHOR :
"Conta o número das estrelas, chamando-as todas pelo seu nome" (Salmo 147:4).
"... as minhas mãos estenderam os céus, e a todos os seus exércitos dei as minhas ordens" (Is 45:12).
“Já se ouve sobre os montes o rumor como o de muito povo, o clamor de reinos e de nações já congregados..." (Is 13:4).
"Como a (estrela da) alva por sobre os montes, assim se difunde um povo grande e poderoso (esta estrela, a alva asteroides e meteoritos), qual desde o tempo antigo nunca houve, nem depois dele haverá...
A frente dele vai fogo devorador (Behemoth, o núcleo dos destroços do planeta Seth), atrás, chama que abrasa... A sua aparência é como a de cavalos... Estrondeando como carros, vêm, saltando pelos cumes dos montes, crepitando como chamas de fogo..." (Joel 2:2-5).
“farei estremecer os céus; e a terra será sacudida do seu lugar, por causa da ira do Senhor dos Exércitos e por causa do dia do seu ardente furor” (Is 1:7-9, 5:25-30 , 13:13).
A catástrofe dos dias de Uzias foi apenas um prelúdio: o Dia da ira do Senhor voltaria e destruiria a população “até que se assolem as cidades, e elas fiquem sem habitantes, e toda a Terra fique destruída” (Is 6:11).
O Senhor dos Exércitos passa revista às tropas de guerra que estão sob o seu comando, e vêm estas tropas da extremidade do céu, com intenso rumor, para destruir toda a Terra. (Is 13:4).
Não se trata, portanto, do exército assírio, babilônio, medo-persa, ou de qualquer outro exército de homens, mas, da milícia celeste. De astros, planetas e cometas
(Is 1:7-9, 5:25-30, 6:11, 7:15-17, 13:4,13, 14:31, 18:3, 21:2-10, 22:5,9,13, 24:1,6,17-19, 28:2,15-18,21, 29:5,6).
DEUS DO CÉU
Os babilônios ao longo de sua história elaboraram três sucessivos calendários, conforme mudava a elíptica da Terra:
o de Anu, Enlil e Ea.
Anu era o deus do céu dos assírios, no sétimo século a.C.
De Anu vem "ano" que é o tempo da translação da Terra em volta do Sol.
Os israelitas denominavam de "tempo" este período de translação (Dn 2:2 e 4).
Com a última conquista de Ciro II, em 539, toda a Ásia Menor ficou submetida ao império medo-persa, e sofreu forte influência do zoroastrismo, e a noção de um deus único ou prevalente sobre os demais deuses, passou a predominar.
Um dos livros sagrados dos iranianos (persas) chamava-se “Anugita” que versa sobre astrologia e religião.
Em Susã, na Média, o rei persa Artaxerxes I Longimanus, se refere a Deus, com a expressão “Deus do céu”, no sétimo ano de seu reinado, em 459 a.C. (Ed 7:6-23), e o próprio Neemias, ainda em Susã, se dirige em oração a Deus usando da expressão “Deus dos céus”, no vigésimo ano daquele rei, em 446 (Ne 1:5, 2:4,20).
Nos céus do império medo-persa havia uma calmaria, e já as milícias celestes não provocavam devastações na Terra, e a noção de um Deus supremo, sobre todas as milícias celestes havia prevalecido.
Daniel, um século antes de Neemias e Esdras, utilizou-se da expressão “Deus do céu”, estando ele no cativeiro babilônico (Dn 2:37,44, 5:23).
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