Deus, à maneira de Alguns.
Deus, para homens, um modelo moral, uma perfeição, para instituição religiosa um produto, fonte de onde se extrai benção e maldição. Homens estudiosos, no campo secular, ignoram este símbolo de temor. Deus, para os intelectuais, com algumas execeções, nada representa além de criação psicológica.
Houve poucos espíritos, no ramo da ciência que se importaram com este tema, alguns até produziram bons trabalhos, tentando de certa maneira, explicar, sobretudo para seus contemporâneos a razão de se incomodarem com este assunto de difícil domínio. Ainstein tentou se expressar, como bom jornalista que era, todavia com muitos arrodeios e média elouquência, sua religiosidade cósmica.
Espinoza, fora antes de Ainstein, talvez o mais vigoroso defensor de um projeto divino mais abragente, defendia que Deus não podia ser, um ser frágil e raivoso, à maneira como fora idealizado por seus irmãos hebreus; sendo judeu não cria em um Deus humanizado assim como até hoje concebe boa parte da cristandade atual. Esta imagem mitológica de um Deus com sentimentos supra humanos, mesmo depois de milhares de anos, ainda agrada a homens rasos, e a espíritos políticos que usam religião como força de expressão partidária.
Espinoza nos ensina de maneira magistral, que o homem vive em busca de um bem supremo, este bem pode variar de espírito para espírito, todavia o fim é sempre o mesmo, agradar a si próprio, seja pela busca da fama, do prazer ou da riqueza. Para ele este bem supremo era fazer com que homens singulares como ele percebecem que há um quarto bem, embora não sendo supremo ,revelaria ao mundo mais luz e sabedoria, seria o entendimeno da natureza, de uma natureza superior e criativa, possibilitando ao homem se tornar parte de uma natureza una, que segundo ele podemos chamar de Deus, então este homem idealizado por Espinoza nada mais é que uma partícula do DEUS-NATUREZA, ou um pequeno deus que por suas limitações físicas e fraquezas psicólogicas não pode influenciar a natureza das coisas.
Aqui no hemisfério sul, no dito terceiro mundo, Deus ainda é matéria de disputa, em um país onde se diz praticar uma pseudo democracia, partidos e políticos atrasados usam de um expediente tribal como fé, preferência de credo, ou opção sexual para definir uma eleição de grande magnitude. Seguindo um raciocínio lógico não podemos inferir outro resultado, ganhará a ignorância, a massa se movimenta de um lugar para outro, mais não deixará de ser manobrada por estímulos subjetivos, por mão de ferro de inteligência superior e egoista, se contenta com promessas e não pode perceber as consequências de suas escolhas.
Evan do Carmo-19/10/2010