ENCANTO

Encanto

Por mais mundo que eu procure

Não existe mais

A não ser você o meu próprio obvio

Na imensidão do meu clamor de corpo

Meus olhos já não suportam

Tanto vislumbrar sua pele seu jeito de ser

Seu odor contrasta com a minha dor

De já não ser o que eu não quero ser

Pipocam seus olhos no ar sua íris

Seu luar me encantam

A minha amargura da realidade subtendida

Que faço de mais nescessario

Para que de pronto esteje no ar

No ser no estar

Minha simplicidade subseqüente

Talvez não seja lúcida

Nada nada nada é

Nada nada nada foi

Nada nada nada será

Tudo tudo tudo se esvai

Encanto encanto encanto

E nada mais.

edmo barbosa
Enviado por edmo barbosa em 10/10/2010
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