COMO VEJO A VIDA!

Lêda Torre

A gente é colocada no mundo, primeiro pelo Pai, o nosso DEUS; depois por um casal que teve muito amor e resolveram ter mais um filho, um desejo imenso de arrumar uma companheirinha pro irmão mais velho, esse foi o meu caso.

Nasci, cresci, amadureci, aprendi e hoje estou aqui com meus cinquenta e três anos de vida. Nada fácil. Durante o meu trajeto por esta jornada aqui na terra, nunca nada fora fácil para mim. Até hoje tudo que consegui fora muita misericórdia de nosso DEUS e muito esforço de minha parte.

Atualmente, volto ao dia em que escrevi este ensaio, como crônica, hoje ensaio, no dia 08 de fevereiro de 1979, com meus 21 aninhos, no auge da juventude. Estava na minha casa passando férias, pois residia e trabalhava na cidade de Imperatriz-Ma. Naquela hora que escrevia estas palavras, ouvia "Solamente una vez", de Roberto Carlos, mas quem um dia não curtiu o rei? eram onze horas da noite...todosjá dormiam, eu, como sempre, a escalar a noite adentro....com meus romantismos...

"Um dia,no amanhã, quando ler isto, estou pensando muito em minha vida...vou me lembrar que estou fazendo um desabafo....sou uma apaixonada pelo amor...pelas coisas belas da vida....é um momento como outro qualquer para as pessoas...mas para mim, não, a vida a vejo de forma diferente....são momentos críticos...estou solitária...a solidão é companheira assídua...estou indiferente a muitas coisas....estou sufocada...com dor de cabeça...meus pensamentos divagam à toa...por aí a fora....pensei até em algumas bobagens...saudades de um amor que não deu certo...sentimentos difusos...oblíquos...tendentes à solitária companhia do vazio....do nada..."

" Pensamentos e atitudes, algumas conversas meio sem nexos com as pessoas...acho-as falsas...eu como sempre sem malícia, não posso contar com os tolos e idiotas...só com meu amigo DEUS...ele me escuta...me protege...me acompanha...tem cuidado de mim....nem sei o que quero fazer realmente com meus projetos: de família, de amor...de trabalho...de estudos...enfim...de nada...

Como disse um dia CHAMFORT, " o amor é como as epidemias: quanto mais o tememos, mais expostos a ele ficamos." Não sei meu Deus, o que será de mim? preciso muito de você, não me abandones jamais! preciso de respostas para todas as indagações....eis-me aqui ,PAI!!"

Vejo hoje,meus momentos daquele tempo,muita coisa não mudou muito, como a maneira de pensar, de sentir,a sensibilidade é a mesma.

Quanta água correu debaixo dessa ponte.....olha o tempo!!!

_________Colinas-Ma, 1979___________

Lêda Torre
Enviado por Lêda Torre em 25/09/2010
Reeditado em 25/09/2010
Código do texto: T2520619
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