Nosso Lar, o filme.
Ontem vi o filme Nosso Lar baseado em livro do mesmo nome, ditado pelo espírito André Luiz e psicografado por Chico Xavier.
Já tinha lido umas três vezes o livro. Recomendo.
Como já sei o quanto é difícil ver o filme depois de ter lido o livro, procurei limpar a mente de todas as teorias que estudei da doutrina espírita.
Queria estar livre, leve e receptiva. Queria ser surpreendida, busquei o inesperado, tudo aquilo que não se controla, enfim, a síntese do livro estava no meu querer.
PRECISAMOS ESQUECER O ORGULHO E O DESEJO DE CONTROLAR A VIDA PARA PODER ENTENDER DEUS.
Despir-se de ilusões e couraças inúteis.
Assumir a nossa pequenez. Assim humilhados, estamos prontos para sermos receptores da vida plena.
André Luiz teve sabedoria suficiente para abandonar rapidamente velhos conceitos que de nada serviam na nova vida, a vida verdadeira que é a vida espiritual.
Assistindo ao filme me senti transportada à atmosfera espiritual. Fiquei leve.
Arrepios e muita emoção, a transcendência estava ali, na minha frente como em um sonho bom. Alguns choraram no cinema.
O segredo do filme? Nada demais. Assistimos à TRANSFORMAÇÃO de um homem frente à sua pequenez.
Pequeno, aceitou o sofrimento inevitável e lentamente agigantou-se humildemente perante a platéia emocionada.
André Luiz continua trabalhando na pátria espiritual.
Emmanuel, dizem alguns, está atualmente reencarnado em São Paulo, com dez anos.
Sua tarefa será ligada à educação.
Com o nosso Chico cuidando da gente por lá, nos resta aproveitar estes exemplos de luz que eles nos deixaram.
Uma existência é um ato.
Um corpo - uma veste.
Um século - um dia.
Um serviço - uma experiência.
Um triunfo - uma aquisição.
Uma morte - um sopro renovador.
Quantas existências, quantos corpos, quantos séculos, quantos serviços, quantos triunfos, quantas mortes necessitamos ainda?
E o letrado em filosofia religiosa fala de deliberações finais e posições definitivas!
Ai! por toda parte, os cultos em doutrina e os analfabetos do espírito!
É preciso muito esforço do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo, ingresso que se verifica, quase sempre, de estranha maneira - ele só, na companhia do Mestre, efetuando o curso difícil, recebendo lições sem cátedras visíveis e ouvindo vastas dissertações sem palavras articuladas.
Muito longa, portanto, nossa jornada laboriosa.
André Luiz.