Viva o Carnaval dos Miseráveis
Viva o Carnaval dos Miseráveis
Vejam! O carnaval começou. Neste ano há uma novidade, a “escola dos miseráveis” irá desfilar. O “enredo” é baseado na fome, na falta de moradia, nas desigualdades sociais, na marginalidade imposta pelo governo; pelo visto será um “grande carnaval”.
Nos camarotes, assistindo tudo, estão eles, os parlamentares de Brasília: patrocinadores desta agremiação. Essa escola não tem “glamour”, mas tem vários “puxadores” neste “samba”. O desinteresse político em solucionar os problemas sociais é o mais famoso, a sua voz é conhecida por sua “afinação”: desemprego, índices alarmantes de violência, falta de saúde, de educação, de amor.
E o desfile está começando! Olhem a “comissão de frente”! Ela é composta por mendigos, meninos de rua, aposentados que contribuíram ano após ano e hoje ganham uma miséria da previdência, que não é tão social. Em sua “coreografia” eles gritam na “avenida” pedindo soluções, mas sem resposta alguma. E aí estão eles, o Congresso Nacional e a Câmara dos Deputados, os grandes coreógrafos deste grupo. “Formados” em indolência, corrupção e descaso, são “bacharéis” em desgraçar o povo, função que cumprem com esmero. E logo atrás vem o carro abre-alas, e no alto dele, como destaque, o Governo Federal com a “fantasia”: “o país está melhorando”, e o “samba da mentira” vai ecoando, ando, ando... E sem destaque algum, no mesmo carro, a sociedade vai caminhando, gritando, chorando.
E chegou a “bateria”, ao som dos “tamborins das promessas políticas”, ela sempre entra no recuo, tanto quanto as promessas. E o dia vai raiando, com o “desfile dos miseráveis” terminando, mas ele não deixará saudades, não será preciso esperar mais um ano para assisti-lo de novo, afinal de contas, ele ocorre todos os dias.
E enquanto não há mudanças nesta "escola, uma voz comemorativa ecoa do Palácio do Planalto: Viva a “boêmia”! Viva o “carnaval”!
O Bruxo