Louco... eu ou o mundo?

È que assim, de repente, me peguei pensando

E pensando fui achando que estava enlouquecendo

E pensei que a loucura seria meu fim

Mas me enganei e achei graça que a loucura era o começo

Contudo, um começo que determinou um fim

Fim da hipocrisia lisonjeira que se carrega todo dia, que assola e nos tira a poesia

O fim da discórdia, da fadiga, do cansaço e o melhor, o fim da apatia

Pois como todo louco diz o que pensa, numa ofensa ressequida de felicidade

Passei da realidade formalizada a uma realidade escancarada

Deixando nu o político torpe que afirmava ser o que não era

Atropelando as idéias modernas de um povo acostumado a se acostumar

Uma gente que desaprendeu a amar, que em algum lugar se esqueceu de parar

Se esqueceu de gritar, de lutar e até de chorar

È que os loucos choram fácil, mas verdadeiramente

Com uma mente sem limites que adora dar palpites, ver o circo pegar fogo

Fogo? Fogo! Que desgosto, e o povo vai andando, se agachando, se curvando

Vai descendo e se esquecendo que a alma só tem um governante

Sábio ou errante..... e eu na minha loucura vejo a dor de um beija flor

Que parado batendo suas asas no ar tenta de uma flor o néctar sugar

Coitado, já esgotado não vê que a flor é de plástico como a capa do Fantástico

Desapontado sai a própria sorte procurando alguém que se importe

Mas quão sortudo será se encontrar aqui ou lá uma flor ainda verdadeira

Inteira ainda não tocada pela loucura desse tosco mundo impuro

Má Iossi
Enviado por Má Iossi em 30/07/2010
Reeditado em 03/02/2011
Código do texto: T2408538
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