Os Grandes Números para os Espíritos

Percepção e Raciocínio dos Grandes números para os Espiritos e Reencarnação

Outra crença muito estranha para mim é a crença espírita e também de outras religiões, do eterno retorno ou a crença de que a alma sobrevive à morte e pode comunicar com os vivos.

Vida após a morte e o eterno retorno, então, aplicando o principio dos grandes números, a população humana estaria em constante equilíbrio (nascimentos e mortes). Não entendo o sentido de tantos espíritos reencarnados que somam os atuais mais de 6 bilhões de humanos vivendo no planeta.

Há diversas considerações espíritas dizendo que a reencarnação é uma modalidade evolutiva. Que o espírito reencarna sempre de um modo evolutiva e não ao contrario. O eterno retorno da alma a cumprir determinas missões para atingir graus de evolução, isto é o que dizem os livros Kardesistas. Há várias classificações de espírito, desde o espírito possessivo ao brincalhão e essa variação de espírito, muitos não evoluídos atrapalham, em muito, a missão de um espírito reencarnado. Como também há outros espíritos evoluídos e alguns até com graus maiores de evolução.

Sobre a reencarnação que originam 6 bilhões de humanos vivendo no planeta, explicam os espíritas que o grande número de espíritos reencarnados aqui da terra como vindos de outros mundos menos evoluídos, ou seja, evoluíram num mundo inferior e reencarnaram na terra, e aqui, na terra, o espírito passará por alguns estágios de evolução em algumas reencarnações para então completar a sua evolução aqui na Terra e evoluir para um outro mundo superior.

Os livros Kardesistas seguem-se como a Bíblia evangélica, cheias de contradições: "Os espaços interplanetários são preenchidos por uma matéria etérea, rarefeita (o éter?), que encerra todos os elementos de todos os universos. Essa matéria é eterna, é a mãe fecunda e primacial de todas as coisas; Há vida inteligente em outros planetas; todos globos são habitados, inclusive as estrelas: O tempo está ligado à eternidade (Livro dos Espíritos-O Gênesis. Ed. Lake); a imaterialidade absoluta não existe (Livro dos Médiuns); quando seu espírito (o do homem) não estiver mais obscurecido pela matéria e, pela sua perfeição, estiver próximo dele (de Deus), então ele o verá (a Deus) e o compreenderá (Livro dos Espíritos., q.11, p.47)".

Dizem então os espíritas que os espíritos para atingir certo grau de evolução são necessárias varias reencarnações aqui na terra e depois, tal espírito passa por grau mais evolutivo e segue para outros mundos, reencarnando em outros corpos para completar seu grau de evolução, até conseguir a evolução plena. Com base nesta teoria, então podemos afirmar que somos terráqueos todos ETs.

Alguns espíritas explicam que o espírito reencarnado, o ET, vem (reencarna) sempre com uma missão, caso da criança que falece ao nascer. Explicam que tal missão era passageira, que em torno da expectativa de seu nascimento e morte tinha a função de alguma ação, seja de amor, de aproximação, de união ou de reflexão para os seus pais ou para a sua família. Explicam também que aquele espírito, o ET reencarnado num corpo e que num momento do tempo, está velho. doente, sofrendo e agonizado numa cama, as vezes explicam que tem a mesma missão da tal criança, morta ao nascer, ou então, que está cumprindo uma determinada "pena" ou castigo, eventos considerados para a sua evolução. "Os sofrimentos que (o Espírito) experimenta, algumas vezes, no momento da morte, são um prazer para o Espírito, que vê chegar o fim do seu exílio.” (Livro dos Espíritos). Se todos os espíritos tem uma determinada missão a cumprir aqui na terra, não entendo então como apareceu um espírito missão Hittler, que reuniu milhares de espíritos reencarnados (judeus) e pois fim a todas essas missões.

O Espiritismo diz que a alma humana reencarna para pagar os pecados cometidos numa vida anterior, deve-se considerar então a vida como uma punição, e não um bem em si. Ora, se a vida fosse um castigo, ansiaríamos por deixá-la, visto que todo homem quer que seu castigo acabe logo. Ninguém quer ficar em castigo longamente. Entretanto, ninguém deseja, em sã consciência, deixar de viver. Logo, a vida não é um castigo. Pelo contrário, penso que a vida humana é o maior bem natural que possuímos.

Se a alma se reencarna para pagar os pecados de uma vida anterior, dever-se-ia perguntar quando se iniciou esta série de reencarnações. Onde estava o homem quando pecou pela primeira vez? Tinha ele então corpo? Ou era puro espírito? Se tinha corpo, então já estava sendo castigado. Onde pecara antes? Só poderia ter pecado quando ainda era puro espírito. Como foi esse pecado? Era então o homem parte da divindade? Como poderia ter havido pecado em Deus? Se não era parte da divindade, o que era então o homem antes de ter corpo? Era anjo? Mas o anjo não é uma alma humana sem corpo. O anjo é um ser de natureza diversa da humana. Que era o espírito humano quando teria pecado essa primeira vez?

Respondem os espíritas que Deus estaria criando continuamente novos espíritos. Mas então, esse Deus criaria sempre novos espíritos em pecado, que precisariam sempre se reencarnar? Se a reencarnação dos espíritos é um castigo para eles, o ter corpo seria um mal para o espírito ET-humano. Ora, ter corpo é necessário para o homem, cuja alma só pode conhecer através do uso dos sentidos. Haveria então uma contradição na natureza humana, o que é um absurdo, porque se diz que Deus tudo fez com bondade e ordem.

Penso que com a reencarnação, o nascer seria um mal, pois significaria cair num estado de punição, e todo nascimento deveria causar-nos tristeza. Morrer, pelo contrário, significaria uma libertação, e deveria causar-nos alegria. Ora, todo nascimento de uma criança é causa de alegria, enquanto a morte causa-nos tristeza.

Para Kardec, "Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes e "não os criou maus, aqueles que são maus, assim se tornaram por sua vontade. Kardec também afirma que todos se tornarão perfeitos, mas que, para os espíritos maus, as eternidades serão mais longas (Livro dos Espíritos, q.125, p.85)".

A noção da imortalidade da alma é a base de muitas das religiões mais populares do mundo. A idéia da morte após uma vida breve num mundo repleto de injustiças, violência, miséria e desgraças desigualmente distribuídas, parece ser bastante angustiante para a maioria das pessoas. Sem a doutrina da vida após a morte, em que haveria a vida eterna e em que os bons seriam recompensados e os maus punidos, dificilmente as religiões conseguiriam ser tão influentes sobre seus adeptos como o são hoje e sempre foram.

Não há dúvida de que o cérebro suicida e obcecado pela vida após a morte é uma arma poderosa e perigosíssima ( o atentados suicidas de 11 de setembro nos EUA, cometidos por homens convencidos de que seriam recompensados com o paraíso; o caso do suicídio coletivo do Templo do Povo, em 1978, quando morreram 912 seguidores de Jim Jones; os 39 daquela seita que cometeram suicídio coletivo; os mais de 700 mortos do Movimento da Restauração dos Dez Mandamentos em Uganda...)

Religiões são dogmáticas por natureza, presas a tradições e a escrituras sagradas, muitas vezes feitas há milênios por povos primitivos, com o nível rudimentar de conhecimento que possuíam na época. Só em último caso, quando não há mais nada a fazer, aceitam mudar suas crenças em função de alguma nova descoberta. Foi assim quando se descobriu que a Terra era redonda. Foi assim quando Copérnico demonstrou que ela não era o centro do universo. Foi assim quando Darwin descobriu que o homem era parente, e bem próximo, dos macacos. Na maioria das vezes, após um longo período de recusa, em lugar de finalmente consagrarem às escrituras sua devida classificação de mitologia, acabam apenas criando para elas uma nova interpretação que as torne compatíveis com o novo conhecimento. Esse tipo de atitude, nos tempos atuais, às vezes costuma receber o apelido generoso de "reconciliação entre ciência e fé".

É pouco provável que as religiões venham a abrir mão de uma arma formidável como essa do eterno retorno em nome de simples, meras constatações científicas.

Em alguns casos, no entanto, religiões chegam mesmo ao ponto de ignorar as descobertas. Por exemplo, o caso daquele "sheik das arábias", emitindo um decreto religioso, declarando que a Terra é plana, baseando-se na autoridade da Bíblia e do Corão e os Grupos criacionistas nos EUA que ainda hoje atuam politicamente para criar leis como a do Kansas, que chegou a retirar a obrigatoriedade do ensino da evolução dos currículos escolares.

Creio que ao negar a experiência do fluxo do tempo, por conseguinte, a vivência da nossa finitude e a vivência da morte, é aí que inventaram além ultra-mundos, perspectivas de vida eterna, sentidos absolutos para existência, finais escatológicos do tempo...

enfim...

Enquanto uns acham que, ao morrerem viverão eternamente, outros pensam que permanecerão eternamente mortos. E Eu me incluo no segundo caso.

Acesse também:

Os Grandes Números para os OVNIs

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Os Grandes Números para a Arca de Noé

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