Ensaio sobre a poesia
A palavra é fruto de um trauma. Ela nasce do nosso reconhecimento solitário. Ela é a tentativa de refazer o útero, de voltar ao jardim do Éden, de recuperar a eternidade perdida. A palavra é uma busca insana de reunificar dois mundos paralelos; o real e a fantasia. É um encontro com o outro que está perdido do si mesmo, uma ponte de reaproximação.
Escrever poesia, dentro da própria natureza do falar, do ser falante, da palavra - que fecha sobre si mesma o segredo que possui - é inútil para a verdade, mas essencial para a manutenção da sanidade. Para deliberar sobre o caos do existir. E, certamente, para purificar os sentimentos - catarse - e deixar para o homem um índice de absoluta esperança de que se pode organizar a existência.
A palavra é fruto de um trauma. Ela nasce do nosso reconhecimento solitário. Ela é a tentativa de refazer o útero, de voltar ao jardim do Éden, de recuperar a eternidade perdida. A palavra é uma busca insana de reunificar dois mundos paralelos; o real e a fantasia. É um encontro com o outro que está perdido do si mesmo, uma ponte de reaproximação.
Escrever poesia, dentro da própria natureza do falar, do ser falante, da palavra - que fecha sobre si mesma o segredo que possui - é inútil para a verdade, mas essencial para a manutenção da sanidade. Para deliberar sobre o caos do existir. E, certamente, para purificar os sentimentos - catarse - e deixar para o homem um índice de absoluta esperança de que se pode organizar a existência.