Lições Bíblicas - "Oração", Lição 3

Agora estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste lugar. 2Cr 7.15

Texto Básico

Mt 6. 9-13

Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos induza à tentação, mas livra-nos do ma; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!

Introdução

A declaração contida no verso 15 de 2Cr 7 do Senhor Jeová a Salomão foi uma resposta à oração do rei. O Senhor disse que a busca por Ele através da oração sincera daqueles que se desviam do pecado é a chave para que Ele, então, abra seus olhos e ouvidos para as súplicas. A oração é a chave do sucesso do homem temente ao Senhor. Aprendamos a orar conforme a divina sugestão do Rei dos reis.

1- Seja feita a Tua vontade: procurar primeiro o reino dos céus é a vontade do Senhor para todos nós; as demais coisas serão acrescentadas se desejarmos que, realmente, venha em primeiro lugar o Seu Reino, e, então, pedirmos ao Senhor que a Sua excelente vontade seja a preferência em nossas vidas. Cristo nos ensinou como pedir, segunda a Sua vontade, assim como Ele próprio orou ao Pai (Mt 26.39).

a- O exemplo de Abraão: Abraão não esperou que a vontade do Senhor fosse cumprida em sua vida; deu ouvidos à Sara, sua esposa, e concebeu um filho com sua escrava, Agar (Gn 16.2). Fazendo a vontade de Sara, Abraão trouxe uma sequência de problemas para sua família e para seu povo. Em contrapartida, respeitou atentamente à voz do Senhor quando Ele requereu o sacrifício de Isaque, o filho da promessa (Gn22.2).

b- O exemplo de José: José, filho de Judá, foi vendido por seus irmãos a mercadores por ser ele um escolhido do Senhor para que o Seu povo não passasse fome. José sofreu com a separação, com a escravidão e com o cárcere, mas não esmoreceu porque sabia que a vontade do Senhor imperava em sua vida (Gn 41.51-52).

c- O exemplo de Jesus: o cálice não podia passar sem que Jesus dele bebesse; a suprema vontade do Pai, Seu compromisso com Sua Palavra, e a ciência do Cristo de que era necessário que ele padecesse foram o motivo para sua declaração: faça-se a Tua vontade (Mt 26. 39-42).

2- O pão nosso de cada dia: o pão representa, no contexto bíblico, a vida, e a vida nossa diária é suprida pelo Senhor Nosso Deus com toda a sorte de bênçãos de que Seus filhos necessitam. O Pai saberá dar as boas dádivas necessárias àqueles que a Ele rogarem (Lc 11.5-13).

3- Perdão: o ensinamento não é perdoar para que sejamos perdoados. Antes, o Senhor já nos resgatou do pecado através de Sua morte no calvário; perdoando as nossas dívidas, habilita-nos a perdoar as dívidas de outrem, quantas vezes forem necessárias (Mt 18.21-35).

4- Tentação: assim como o Senhor foi tentado pelo inimigo no deserto, resistindo-lhe, por estar espiritualmente preparado (Lc 4.2), o servo deve também resistir às tentações através do jejum e das orações constantes. O Senhor sabe o quanto o homem pode suportar (1Co 10.13), e é na tentação que o homem é aperfeiçoado espiritualmente; mas Deus, pela Sua infinita sabedoria e misericórdia, dará o escape ao tentado. Pedir ao Senhor para que não entremos em tentação requer, antes de tudo, que não nos deixemos ser atraídos e engodados pelos nossos desejos (Hb 2.18; Tg 1.13-14).

5- Livramentos: O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra (Sl 34.7). Temer ao Senhor é o princípio para que Ele nos livre do mal ; ter a consciência de que o Criador é aquele que supre as nossas necessidades é saber que, entre todas as demais benesses, Ele envia Seus anjos para resguardar do mal os que seguem os Seus estatutos.

Conclusão

O Senhor Jesus ora ao Pai rogando por aqueles que receberam Sua Palavra. Ele roga ao Pai para que os fortifique e os santifique na verdade, que é a Sua Palavra, livrando-os do mal deste mundo para que obedeçam ao envio do mestre, levando o Santo Evangelho ao mundo. A oração de Jesus glorifica o Pai na obra que Ele consumou, cumprindo a vontade daquele que o enviou (Jo 17.1-18).