O que é a vida?

Viver é algo complicado, desgastante, triste, é algo estupido, que tem como objectivo o simples conceito de falecer.

Desde o inicio, a vida é um sistema complexo de evolução, força e esperança. Evoluimos da soma do espermatezoide com o óvulo, e vamos multiplicando cada célula vezes sem conta até nos ser atribuído o titulo de feto. Depois de nascermos, tudo parece tão facil, tão simples, mas depois aprendemos a andar, falar bricar, escrever, ler, desenhar, sorrir, aprendemos a sentir a tristeza, a felicidade, o prazer, a mágoa, choramos, sorrimos, passamos por momentos apoteóticos e alguns em que nos sentimos fracos, desprotegidos, vulneraveis, sem sentido, sozinhos e cheios de dor.

Somos no cerne da vida, mártires pelo nosso próprio destino, futuro, fado, whatever... Somos "obrigados" a abdicar de tudo por tão pouco. Somos criação de algo ou alguem sem sentido, que vive a verdadeira vida. Somos como que zombies, pois, vivemos mortos, numa espécie de sonho transitório entre a enexistência e a curiosa enexistência.

Quem nunca desejou morrer?

Em verdade vos digo meu irmãos, somos o nada que quer alcançar o tudo, embora nunca o tenha desejado. Somos o ser que procura a morte em busca de equilibrio. A morte é em si, a iluminação, atingida através da caminhada pesada da vida

Quando morrer vou, finalmente, ver a luz ao fundo do tunel, vou deixar de sentir a dolorosa companhia da solidão, do nada, da VIDA.

Alexandre Henriques-16 anos, frequento o 10º ano de escolaridade, na escola secundária da Lourinhã. Escrevi este ensaio durante uma aula de química logo após um dos meus grandes companheiros ter recebido a triste noticia do falecimento do seu tio. Um abraço