Fome

Porque a fome há de ver a saciedade de antes.

Exaltar a memória dos átomos,

do quantum que eras para mim.

Porque há fome, nao há jeito,

e meu olhar se despediça.

E eu que calei e nao disse,

que menti sobre o branco que nao chegou.

Perene diário de horas,

estância enjaulada de grito e lanças.

Contínuo e misturado,

é assim que existes para mim.