Já Não Posso Ouvir
Já não posso ouvir tantas mentiras,
E promessas de um bom futuro,
Palavras muito bem elaboradas,
Farsas escondidas em discursos,
E nossa miséria crescente,
Nos diz que nada mudou,
E agora nos vem com um sorriso,
E esmolas dentro do bolso.
Já não posso ouvir essas vozes vis,
E nem ver estes rostos de bons moços,
Esta chegando a época dos tapas nas costas,
Da falsa atenção,
Do apoio e do sorriso,
Para depois encarnarem a sanguessuga,
E nos deixar vazios inclusive de alma,
Hipócritas cretinos,
Apenas querem nos enganar.
Já não posso ouvir seus nomes,
Somente desejo esquecer vossa existência,
Tudo que tenho para vocês e o anular,
Anular-me do peso de fazê-los subir,
De colocá-los na posição de carrascos,
Como Herodes lavarei minhas mãos,
E espero que todos lavem,
Em outubro para todos vocês,
Eu direi simplesmente não.